Por thiago.antunes

Rio -  Lúcia da Silva Egídio, 47, perdeu o filho Alysson Leonardo Egídio Alves, assassinado com três tiros em outubro do ano passado, em Coelho da Rocha. Ele é um dos 63 PMs vítimas da violência este ano e estava de folga quando foi morto. Lúcia e mais de 30 mulheres fizeram, neste domingo, na orla de Ipanema, Zona Sul, uma homenagem aos militares. “Choro todos os dias por ele. O dia de sua morte foi o pior momento da minha vida. Os policiais mortos são peças de reposição. Morrem e no dia depois já tem um em seu lugar. Se não mudar as leis, a morte de policiais vão continuar aumentando, pois não há punição severa aos criminosos”, garantiu. 

Usando camisetas brancas com fotos dos parentes, mais de 30 mulheres do grupo ‘Mulheres Parceiras’ distribuíram cerca de 250 rosas brancas e bombons. O objetivo era chamar atenção da população para os crimes contra policiais.

“Isso aqui é mais que uma manifestação. É um gesto de carinho e respeito ao policial que está nas ruas trabalhando, além de uma homenagem aos policiais guerreiros que perderam suas vidas. Queremos valorizar o policial, o homem”!, contou a funcionária pública Rosane Blanco, de 45 anos, que há dois participa do grupo, composto por cerca de 90 membros.

Entre as participantes estava a supervisora de alimentos Cristina Custódio, 36, esposa do policial Neandro Santos, morto e que teve o corpo carbonizado por traficantes do Complexo do Chapadão, na Pavuna, na Zona Norte, em outubro do ano passado. Cristina estava grávida na época e hoje tem uma filha de três meses. “Ela não teve a chance de conhecer o pai e ele, de abraçar a filhinha. Ele não vai voltar mais, porém temos que homenagear todos e valorizar os que estão vivos”, lamentou.


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