Por clarissa.sardenberg

Rio - O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) anunciou que na abertura dos Jogos Olímpicos, no próximo dia 5, o grupo vai fazer uma manifestação. O coordenador nacional do MTST falou do protesto no ato contra o governo do presidente interino Michel Temer, neste domingo, no Largo da Batata, em São Paulo. 

Ele ressaltou que é direito constitucional organizar protestos e falou sobre a "vergonha de se protestar contra a corrupção, mas ser conivente com as Olimpíadas". "Estaremos lá no Rio de Janeiro para jogar chope na festa deles e para denunciar para o mundo todo o que está se passando neste País", afirmou.

Protesto do MTST neste domingo%2C no Largo da Batata%2C em São PauloReprodução Facebook/ MTST

O líder do MTST aproveitou para provocar o ministro da Justiça,  Alexandre de Moraes, a quem chamou de terrorista e "sem vergonha". 

"Este cidadão que assumiu de forma espúria e ilegítima o Ministério da Justiça disse que quem fizer manifestação durante a Olimpíada vai ser tratado como terrorista. Escute, senhor Alexandre de Moraes: terrorista é você. É um ministro sem vergonha", afirmou ele.

Boulos ainda disse que o grupo que se reuniu neste domingo no Largo da Batata representava a diversidade e na Avenida Paulista, onde manifestantes protestavam pelo "Fica, Temer", falavam sobre privilégios.

Saiba: Protesto na Candelária 

Sob gritos de "fora Temer", um grupo protesta na tarde deste domingo, na Candelária, Centro do Rio. A principal reivindicação do ato, promovido pela Frente Brasil Popular, é a retomada do governo federal pela presidente afastada Dilma Rousseff. A organização do protesto não informou quantas pessoas participam. Um destacamento da Polícia Militar (PM), que patrulha a região, estimou em 40 pessoas.

De acordo com os policiais, como até o momento o ato é pacífico, não será monitorado pela PM. O grupo respondia com gritos de "golpistas, fascistas, não passarão" a pedestres que passavam gritando "fora Dilma". "Os direitos sociais que a Dilma deu para o povo não podem ser perdidos pela sociedade. Queremos ver nossos 54 milhões de votos respeitados", disse Edda Castro, do Movimento Frente Brasil Popular.

O grupo estuda se vai se deslocar até a Praça Mauá, na Zona Portuária, ou permanecer na Candelária.




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