Rio - A nadadora Joanna Maranhão registrou, nesta quinta-feira, na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), queixa contra os autores das ofensas que recebeu em redes sociais após a eliminação nas competições da Olimpíada do Rio. Joana chegou por volta do meio-dia à Cidade da Polícia, na Zona Norte, em companhia do advogado Fabiano Machado.
Segundo a atleta, entre as ofensas mais agressivas estão as que sugeriam para que ela fosse estuprada e as tentativas de desqualificar as pautas progressistas que a atleta defende. "Sei que não sou a primeira e nem serei a última a passar por isso, mas as pessoas acham que vão ficar impunes estando atrás das máquinas. Não tenho raiva deles, acredito na revolução do amor. A raiva é um veneno que só eu bebo", disse Joanna.
Segundo o advogado da atleta, foram apresentadas mais de 250 prints (impressões de tela) com ofensas à Joanna, dos quais 30 são bastante agressivos. "Vamos identificar e punir essas pessoas", acredita.
Segundo a delegada Daniela Terra, dez agressores já foram identificados e serão notificados a prestar depoimento. Um inquérito vai ser instaurado para identificar e punir os autores das ofensas pelos crimes de injúria, difamação, ameaça e incitação ao crime, uma vez que Joanna foi ameaçada de agressão física e estupro.
A nadadora considerou mais coerente registrar a queixa somente após deixar a Vila dos Atletas e explica que não existe qualquer tipo de rancor e que sua atitude, mas uma questão de justiça.
Joanna pediu desculpas pelas postagens homofóbicas que fez há cinco anos e que foram recuperadas por algumas pessoas para ofendê-la. "Achei uma maldade terem recuperado um tweet que fiz há cinco anos. Sei que fiz uma brincadeira de mal gosto com a Ariadna (ex-BBB), mas foi há muito tempo. Hoje sou outra pessoa", disse, afirmando ter noção de que se tornou uma pessoa pública.