Por thiago.antunes

Rio - 'Corta a cabeça dele'. Essa é uma das frases que demonstra a reação de populares ao presenciar a imobilização feita por um jovem de um menor de 17 anos acusado de furto na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, altura da Paula Freitas, por volta das 17h30 de sexta-feira. A cena foi flagrada pelo fundador da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa. "A maior dificuldade foi conter a multidão para que não houvesse espancamento e o caso se transformasse em um tribunal da sociedade da Zona Sul", contou. 

O menor admitiu ter furtado um celular, mas alegou que devolveu o aparelho porque a vítima reagiu. "Liguei para a mãe dele que pensou que o filho estivesse morto, mas a tranquilizei", revelou. A Polícia Militar foi acionada. O menor foi levado para a 12ª DP (Copacabana) e depois transferido para de Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA).

"Estava com mais dois jovens da Favela Nelson Mandela que presenciaram o episódio. Fiquei chocado com a reação das pessoas que falavam que eu era representante dos Direitos Humanos", reclamou. Um turista ofereceu R$ 50 ao rapaz que imobilizou o adolescente, mas ele rejeitou o dinheiro.

Hoje, Antônio conversou com a mãe do menor. "Ela contou que ele foi bem tratado na polícia e liberado. Entendo a revolta das pessoas, mas temos que dar uma resposta diferente contra a violência para a sociedade não afundar no caos", opinou.  

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