Por tabata.uchoa

Rio - Na primeira eleição em que empresas estão proibidas de doar para candidatos, empresários trocaram o CNPJ pelo CPF para fazer contribuições no próprio nome. Postulante do governo à prefeitura, Pedro Paulo Carvalho (PMDB) recebeu até o momento R$ 1,065 milhão em doações feitas por pessoas físicas. Do total, ao menos 79%, ou R$ 845 mil, são de donos de empresas, sócios ou executivos.

Entre os doadores, está o gerente financeiro da organização social Gnosis, que recebeu, nos últimos dois anos, R$ 149 milhões em contratos com a Secretaria Municipal de Saúde. Miguel Vieira Dibo doou R$ 5 mil para o peemedebista. A Gnosis é presidida por Marcelo Vieira Dibo.

Generosidade assim
Presidente do Grupo Memorial, que detém o controle acionário da Assim Saúde, Aziz Chidid Neto doou R$ 113 mil para Pedro Paulo. Doações acima de R$ 50 mil também foram feitas por empresários do mercado imobiliário e por executivos de empresas de engenharia. O peemedebista recebeu ainda R$ 1,451 milhão das direções estadual e municipal do partido.

Sem doadores
Candidato do PRB à prefeitura, Marcelo Crivella declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não ter recebido nenhuma doação de pessoa física. Afirma que o valor de R$ 1,145 milhão disponível em caixa foi repassado a ele pela direção nacional do partido.

Mais valores
Já Marcelo Freixo (Psol) recebeu R$ 30 mil de 119 doadores; Jandira Feghali (PCdoB), R$ 14 mil de 11 pessoas físicas. O TSE ainda não disponibilizou a prestação de contas dos outros sete candidatos à prefeitura.

Beltrame e a Alerj
Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame parece ter feito as pazes com a Assembleia Legislativa. Ontem, postou no Twitter que fez 85 edificações em áreas com UPPs e que vai “fazer mais 25 com o dinheiro da Alerj”.

Fica?
Resta saber se a aproximação com a Casa, comandada pelo influente Jorge Picciani (PMDB), será suficiente para manter Beltrame no cargo.

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