Por gabriela.mattos

Rio - Centenas de manifestantes fizeram um protesto no centro do Rio, na noite desta quarta-feira, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A concentração foi na Cinelândia, onde os ativistas fizeram discursos contrários ao processo que levou à saída definitiva de Dilma da Presidência da República e à posse do presidente Michel Temer em seu lugar.

Apoiados por um carro de som, os manifestantes deixaram a Cinelândia e partiram pela Rua Santa Luzia, onde fica a sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Em frente ao prédio da entidade, os ativistas fizeram uma pausa e discursaram contra a posição da Firjan pelo impeachment de Dilma. Participaram centrais sindicais, entidades estudantis e grupos da sociedade civil, além de pessoas sem ligação com esses grupos.

O policiamento foi reforçado e um carro de polícia ficou estacionado em frente à entrada principal do edifício para evitar uma possível invasão. Porém, não houve vandalismo, nem violência e os manifestantes prosseguiram a manifestação.

Houve uma nova concentração em frente à Assembleia Legisaltiva do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), quando os ativistas ocuparam as escadarias do prédio e novamente discursaram contra o impeachment. Por volta das 21h15, os primeiros manifestantes começaram a se dispersar.

Manifestantes fazem protesto na Cinelândia%2C no Centro do Rio%2C na tarde desta quarta-feiraReprodução Facebook

Protestos em todo país

O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff gerou protestos em outras cidades do país, como São Paulo e Fortaleza. No caso de São Paulo, houve confusão. Policiais militares lançaram mais de dez bombas de gás lacrimogêneo em um intervalo de dois minutos contra os manifestantes que marchavam contra o impeachment. As bombas causaram grande correria e dividiram a manifestação. Parte dos manifestantes desceu a rua Itambé, paralela à Consolação, em direção ao centro.

Pelo caminho, fogueiras foram montadas com restos de entulho e lixo. Os manifestantes gritam palavras de ordem contra a polícia: "Não quero mais chacina, quero o fim da polícia assassina". 

Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil

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