Por bianca.lobianco
Duas crianças morreram após atropelamento em Saracuruna. Segundo testemunhas%2C motorista apresentava sinais de embriaguezarquivo pessoal

Rio - Duas crianças, uma de quatro meses e outra de dois anos, morreram vítimas de um atropelamento que atingiu quatro pessoas da mesma família em Saracuruna, Duque de Caxias, na tarde de sábado. A mãe e a irmã mais velha das meninas ficaram feridas. O motorista do veículo envolvido no acidente, Ronaldo Silva Santos, de 36 anos, foi agredido a pauladas por populares e morto a tiros no local, após ter seu carro incendiado.

O caso aconteceu na Avenida Barão do Rio Branco, na Vila Uruçai. Juliene Martins Ferreira, 26, voltava com as três filhas de uma igreja do bairro quando elas foram atropeladas por um Gol vermelho a cerca de 100 metros de casa. Ana Alice Martins, de quatro meses, morreu na hora.

No momento do acidente, ela dormia no carrinho ao lado de Ana Beatriz, de dois anos, que chegou a ser levada para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, também em Saracuruna, mas não resistiu. Ana Júlia, de 7 anos, continuava internada na unidade ontem. O estado de saúde é estável. A mãe foi socorrida e liberada.
Testemunhas declararam que o atropelador estaria dirigindo sob efeito de álcool. A 60ª DP (Campos Elíseos) instaurou procedimento para apurar as circunstâncias do atropelamento. Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) fizeram perícia no local e diligências da especializada estavam em andamento ontem para identificar os autores do assassinato de Ronaldo Santos.

Os corpos das duas crianças foram sepultados, ontem, no cemitério Memorial do Rio, em Caxias. Em estado de choque, a mãe não conseguiu acompanhar o cortejo e foi amparada por parentes e amigos.

Nas redes sociais, seguidores de páginas comunitárias de Duque de Caxias postaram comentários estarrecidos com o fato e criticaram o linchamento. “Isso só motiva os motoristas a não parar para socorrer ninguém em caso de atropelamento. Uma fatalidade horrível que aconteceu com as crianças, mas não justifica o que essas pessoas fizeram”, comentou o internauta Marcos Leal.

“Uma vida por duas vidas. Uma tragédia por outra tragédia! Difícil falar, pensar, julgar. Afinal, o que ficou? Só a dor de uma mãe. Essa dor não foi nem um pouco amenizada com esse tipo de justiça! Agora são duas mães e dois sofrimentos”, lamentou Fátima Serro. Parentes e amigos da família estamparam imagens de luto no Facebook.

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