Por gabriela.mattos

Rio - Na cozinha, o chef refugiado sírio Talal Al-tinawi, de 43 anos. Servindo os convidados, a judoca refugiada congolesa Yolande Mabika, 28. À mesa, moradores de rua da região central do Rio. O objetivo da noite era promover a gastronomia social, debater o tema dos refugiados e apresentar a cultura síria em um jantar no restaurante comunitário ReffetoRio Gastromotiva na Lapa. A cada noite durante a Paralimpíada o espaço vai convidar chefs ligados a diferentes causas sociais.

Yolande Mabika e Talal Al-tinawi participaram do primeiro dia do projeto que funcionará na ParalimpíadaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Mabika, que competiu na Olimpíada, aproveitou o descanso das competições para ajudar. Ela vive no Rio há três anos, onde treina no Instituto Reação.“Antes, quando chegamos no Brasil, outras pessoas também nos ajudaram a comer”, disse ela.

Al-tinawi, formado em Engenharia Mecânica, fugiu da guerra na Síria há dois anos com a mulher e os três filhos. Há quatro meses, abriu o próprio restaurante em São Paulo, onde emprega refugiados africanos e dá aulas de culinária. “Os brasileiros não querem ouvir falar de guerra. Eu falo da comida e do dia a dia na Síria”, conta.

Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat

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