Por bianca.lobianco

Rio - A dois dias da eleição para prefeito, a possibilidade do voto útil para levar um nome da esquerda ao segundo turno tira o sono de Pedro Paulo Carvalho (PMDB). Já a possibilidade de Pedro Paulo ir ao segundo turno tira o sono de Marcelo Crivella (PRB), líder isolado nas pesquisas.

A avaliação é que o candidato do governo tem sempre mais facilidade para crescer com o decorrer da campanha. A ida do peemedebista à etapa final daria a ele mais um mês de exposição.

Mira na esquerda
Para evitar o crescimento da esquerda, aliados de Pedro Paulo vão explorar o fato de que Marcelo Freixo, candidato do Psol com quem aparece empatado nas pesquisas, tem na equipe de campanha um assessor condenado com base na Lei Maria da Penha. A ideia é que os ataques não partam da boca de Pedro Paulo, que ainda tenta superar o desgaste após denúncias de agressão à ex-mulher — o STF arquivou o caso.

Pacto esquecido
Tentando migrar votos de Jandira Feghali (PCdoB) para Freixo, o vereador Babá (Psol) ignora pacto de não agressão e tem dito que a comunista “finge” ser de esquerda.

Concordância
Ao menos um argumento une os adversários de Crivella nesta eleição. Todos dizem ser os únicos capazes de derrotá-lo no segundo turno.

Vídeo
Prevendo que os ataques aumentarão, Crivella gravou vídeo em que aborda seu calcanhar de Aquiles: acusações de aparelhamento com a Igreja Universal do Reino de Deus e de que Garotinho (PR) participará de seu eventual governo. “É sempre a mesma tática. É tudo mentira”, diz.

Pedido a Cabral
Eduardo Paes pediu pessoalmente a Sérgio Cabral para entrar na campanha de Pedro Paulo nesta reta final. Cabral admira o marqueteiro Renato Pereira, que mantinha o prefeito afastado, mas aceitou o reclame de Paes.

A sinuca de Cabral
Aos 25 anos, Marco Antônio Cabral peregrina por diversas cidades para pedir votos para seus candidatos. Só não pisa em São Gonçalo. É que, lá, o secretário estadual de Esportes tinha prometido o apoio a José Luiz Nanci (PPS) à prefeitura. Como seu partido, o PMDB, declarou apoio a Neilton Mulim (PR), o jovem evita a saia-justa.

Aos 13
Em Piraí, Marco Antônio caminhou ao lado do correligionário Gustavo Tutuca. “No ano de 2004, fui pedir voto para ele. E volto a fazer isso hoje”, disse. Pelas contas, o filho de Cabral já era um engajado cabo eleitoral aos... 13 anos.


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