Rio - O candidato a prefeito Marcelo Freixo (Psol) vai se reunir nesta quarta-feira com integrantes da Rede para selar apoio no segundo turno. Entre os quadros do partido que participarão do encontro, estão o senador Randolfe Rodrigues e o vereador Jefferson Moura, dois ex-Psol. Além deles, haverá dirigentes que anunciaram nesta segunda-feira a saída da legenda — eles criticam o modo como Marina Silva vem conduzindo o partido. Alessandro Molon, que concorreu à prefeitura pela sigla, já havia manifestado apoio ao psolista.
Freixo também já tem o apoio de Jandira Feghali (PCdoB), do PSB e de nomes do PT, como o vereador Reimont e o senador Lindbergh Farias, ambos do Rio. "Queremos um grande campo progressista e comprometido com a democracia", indicou o deputado, voltando a cravar que, no segundo turno, "é veto ou voto", o que caracteriza apoio e não aliança. Ele dispensou o suporte de Lula e alegou que "o debate é municipal".
O candidato do Psol cumpriu nesta terça-feira o primeiro compromisso público após encontro com eleitores, no último domingo, quando foi confirmada a ida ao segundo turno. No Buraco do Lume, Centro, ele criticou mentiras ditas na Internet sobre sua campanha, entre elas questões que não cabem ao Executivo municipal. "Tem uma coisa que o velho Darcy Ribeiro dizia: é muito bom saber quem são nossos inimigos. É a certeza de que estamos do lado certo", disse, em relação ao pastor Silas Malafaia e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Ele classificou como "desespero" um áudio, que circula no WhatsApp, em que alguém imita a voz de Freixo falando mal de taxistas. "Vai ser uma campanha suja e de baixo nível. Nós não vamos responder com isso. É muito lamentável que, em pleno século 21, determinadas forças políticas que parecem viver no século 14 ainda estejam promovendo esse tipo de baixaria. É crime, é calúnia. Denota desespero de quem vai perder eleição", condenou.
Freixo voltou a destacar que seu secretariado, caso eleito, será composto por especialistas da sociedade civil. "Não vamos leiloar, como o PMDB fez. Não vamos entregar para o Garotinho, para o Malafaia, para o Bolsonaro. É por isso que tínhamos 11 segundos na TV", apontou.
Sobre conquistar os eleitores que votaram nulo, branco ou se abstiveram no primeiro turno, o psolista reforçou a importância de fazê-los ir às urnas. "Tem o nosso projeto e o do Crivella. O eleitor que não quer o Crivella governando o Rio tem que ir às urnas e votar na gente", disse.
Propaganda de TV
Na primeira semana do horário eleitoral gratuito, Freixo usará o tempo para se apresentar aos eleitores que ainda não o conhecem. Contará um pouco de sua trajetória, além de exibir o clipe do jingle da campanha. A questão, no momento, é se cada candidato terá dez ou cinco minutos diários na televisão.
O tempo mais longo é o determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas os partidos sugeriram a redução pela metade. "Ter dez minutos de televisão para cada não é pedagógico. Cinco minutos já são mais que o suficiente. Sem contar o preço, que é importante reduzir", explicou Freixo.
O juiz Marcello Rubioli, responsável pela fiscalização de propaganda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), marcou para esta quinta-feira, às 11h, a reunião que vai definir o plano de mídia e o início do horário eleitoral gratuito. Além das emissoras de rádio e televisão, estarão presentes os representantes dos candidatos que vão disputar o segundo turno.
Reportagem do estagiário Caio Sartori