Por gabriela.mattos

Rio - A saga do papagaio perdido, divulgada com exclusividade pelo DIA ontem, deve ganhar um novo capítulo segunda-feira. Os tutores da ave Papagaio, o advogado Luiz Fernando e a sua mãe, Nana, de 82 anos vão ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Seropédica, acompanhados de força policial. Caso não consigam reaver o bichinho, o responsável pelo viveiro pode ser preso.

Papagaio foi levado da casa de Dona Nana no mês passado, pois a pensionista não tinha licença para ter o animal silvestre. Uma decisão do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) no dia 30 de setembro devolveu a guarda do animal à família. Mas, quando Luiz foi buscar a ave no Comando de Polícia Ambiental, em Bonsucesso, e depois no Cetas, não conseguiu achar Papagaio.

Luiz afirma que ele e a mãe ainda têm esperanças de reaver o bichinho, que está há dez anos na família. Para ele, a repercussão do caso foi inesperada. “Espero que sirva de exemplo para outras pessoas. Pelo menos entramos com a ação”, disse.

Convívio familiar

A juíza Rosana Chagas, do I Juizado Especial Criminal de Niterói, ressaltou a importância de conhecer seus direitos. “Estamos liberando os papagaios. O juiz não tem outra escolha. Deixar em Seropédica é deixar para morrer.” O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, Reynaldo Velloso, disse que a instituição acompanhará o caso. “Queremos garantir que o animal volte ao convívio familiar e verificar se ele está com saúde”, declarou. O Ibama comunicou que “em nenhum momento o animal desapareceu. Seu tutor esteve no Cetas para retirá-lo, mas não o reconheceu nem foi reconhecido pela ave”.

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