Rio - A morte brutal de Quissila Tavares Pires, a facadas na noite de sexta-feira, causou perplexidade aos moradores da Ilha da Gigóia, na Barra da Tijuca,na Zona Oeste. A Ilha, localizada no meio de um ponto urbano, conserva ar bucólico e um clima de 'cidade do interior'. O local é procurado como residência justamente por isso, e por ser um lugar conhecidamente seguro, já que o acesso é exclusivo via barco, o que inviabilizaria crimes e fugas.
Uma das suspeitas da morte da jovem, é de que o crime foi passional. Segundo testemunhas, o suspeito era seu colega de trabalho , e após matá-la, em um mercado, num local conhecido como Alameda Casuarina, fugiu. Um morador, que não quis se identificar, afirmou que ele parecia pacato e uma pessoa prestativa." Todos gostavam dele. Dá medo porque na verdade você percebe que no fundo não conhece ninguém", conta o morador, e acrescenta: " Esse lugar aqui é maravilhoso para se viver. Estão todos chocados e tristes.Mas essa tragédia não pode manchar a imagem da Ilha, e quem fez tem que ser responsabilizado".
O presidente da associação de moradores do local, Eduardo Dias, informou que lá moram aproximadamente cinco mil pessoas, e que a ilha comporta cerca de 30 estabelecimentos comerciais. Eduardo, ainda chocado, disse que ninguém consegue acreditar no ocorrido, e que o 'silêncio' que existe no ar, é de perplexidade. " Moro aqui desde que nasci e nunca aconteceu nada parecido". Ele conta ainda, que a polícia chegou rápido depois de ser acionada, mas que já encontrou a jovem sem vida. Na Ilha da Gigóia não existe posto policial, o presidente da associação disse que os moradores solicitarão segurança, pelo menos para a entrada de acesso.
Situada na Lagoa da Tijuca, a ilha possui como principal atrativo, a proximidade com a natureza e sua quietude. Lá dentro, moradores, visitantes e turistas, podem desfrutar de restaurantes, bares, lanchonetes, hostels e pousadas. Muito abalada, uma moradora relata que o suspeito era simpático e uma pessoa agradável na convivência. Ela lembra que foi ele quem indicou Quissila para o trabalho no mercado, e que pareciam bem amigos." Ela não tinha mãe e eu sempre fui muito maternal, conversava com ela, também tenho uma filha. Não dá pra acreditar. Ela era uma menina ótima e tinha a vida toda pela frente. Tudo isso foge do nosso entendimento". A moradora, que estava perto do mercado na hora do ocorrido, diz ter ouvido gritos, mas não identificou como sendo de uma mulher e como sendo algo grave. " O mercado estava funcionando normalmente. Ouvi alguns gritos e depois pareciam gemidos. Cheguei a achar que era uma criança. Depois vi o que aconteceu", revela com tristeza a moradora , que também tem um estabelecimento comercial nas imediações da cena do crime.
No facebook, amigos de Quissila lamentaram sua morte e chegaram a acusar um homem pelo crime.
Entenda o Crime
Quissila Tavares Pires, foi morta a facadas, na noite de Sexta-feira em um mini-mercado dentro da ilha. Segundo policiais militares do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes),que foram acionados por volta das 20h40 para averiguarem um crime, ao chegarem no local, já a encontraram morta. A mulher teria sido golpeada várias vezes.
Em nota, a Polícia Civil disse que um procedimento foi instaurado na Delegacia de Homicídios(DH Capital), para investigar a morte de uma mulher que está sendo identificada, ocorrida na noite do dia 21 de outubro, em um estabelecimento comercial localizado na Ilha da Gigóia, na Barra da Tijuca: "Segundo informações preliminares a vítima trabalhava no local e seu corpo foi encontrado no depósito com ferimentos de faca. Perícia foi realizada no local e um amplo trabalho de investigação está em andamento para esclarecer todas as circusntâncias do crime".