Por gabriela.mattos

Rio - Duque de Caxias, São Gonçalo, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis vão ganhar reforço na segurança. As áreas, no mês de agosto, tiveram o maior número de mortes no estado, com 30% dos casos. Por isso, os 443 policiais militares se formaram no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças ontem vão para lá. De acordo com o secretário de Segurança, Roberto Sá, que participou da cerimônia, o efetivo será alocado em batalhões da Região Metropolitana que apresentam altos índices de crimes violentos.

“A gente vai privilegiar aquelas áreas que apresentam uma taxa de violência maior. Temos outras áreas também que começam a sinalizar um aumento nessa violência e a gente vai se antecipar para que isso não exploda”, afirmou Sá.

O número de policiais está longe de ser o ideal e a própria Secretaria de Segurança afirma isso — que gostaria de trabalhar com 90 mil policiais, enquanto possui 48 mil, de acordo com coordenadores da Segurança ouvidos pelo DIA.

Turma de 443 policiais que se formaram ontem vai para áreas onde houve mais mortes no estadoDivulgação

Apesar disso, o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Samyr Vaz, avaliou como positivo o efetivo extra de 30 agentes para a unidade. O batalhão possui o segundo maior déficit de policiamento em relação ao número de habitantes: um policial para cada 1.118 moradores.

“Todos os policiais militares recém-formados serão aplicados em locais onde ocorrem aqueles delitos que tanto incomodam e trazem insegurança à população. Com maior capilaridade e a presença ostensiva da polícia na rua, esperamos reduzir os números de crimes, tais como roubo a transeuntes e roubo de veículos, dentre outros”, disse.

Na sua unidade, 998 policiais devem proteger uma população de cerca de 1 milhão de pessoas. Já o 20º BPM (Mesquita) é o que possui a maior defasagem entre policiais e população residente — um agente para cada 1.185 moradores — e também está na lista de reforço.

O deputado Paulo Ramos (Rede) esteve na formatura. Sobre o impacto do novo efetivo nas ruas, ele lembrou do número de policiais que saíram do policiamento devido à violência. “De nada adianta aumentar o número de agentes se não conseguirmos reavaliar a necessidade do policiamento ostensivo normal. Só este ano, 114 PMs morreram e outros 556 ficaram feridos, saindo das ruas também. Praticamente um batalhão”, afirmou. 

Nas redes sociais, a formatura foi motivo de comemoração e apreensão dos familiares. “É um sonho realizado meu filho, parabéns. Só vou rezar agora para não receber nenhuma notícia ruim com você. Sorte no seu sonho”, escreveu uma internauta, na foto da formatura do filho, publicada no Facebook da corporação.

Mais duas turmas até o fim do ano

O promotor da Auditoria Militar, Paulo Roberto Mello, acredita que o efetivo extra, mesmo que pequeno, irá contribuir com g/2000/svg" viewBox="0 0 16 16" width="24" height="24" class="icon icon--facebook">