Por gabriela.mattos

Rio - A cirurgiã-dentista Priscila Soares Nicolau dos Reis, de 37 anos, foi morta na tarde desta segunda-feira, na Estrada das Furnas, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio. O carro em que ela estava, um Kia Sorento, ano 2015, foi atingido por 17 disparos de fuzil feitos por traficantes em fuga do Morro do Banco, que fica próximo à estrada. Ela trabalhava em um consultório em Copacabana e morava com o marido na Tijuca.

Priscila era casada%2C morava na Tijuca e tinha consultório em CopacabanaReprodução Facebook

“A principal linha de investigação é que ela foi vítima desses marginais que estavam tentando invadir o Morro do Banco. Estamos investigando a dinâmica, se foi uma tentativa de latrocínio”, afirmou o delegado Fábio Cardoso, da Delegacia de Homicídios (DH). Ainda de acordo com Fábio Cardoso, a dentista não tinha nenhum inimigo, o que descartaria um homicídio planejado.

Policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca) afirmaram ao DIA que cerca de 30 homens armados com fuzis tentaram invadir o morro. Houve troca de tiros, mas ninguém foi preso ou ferido. Esses traficantes correram para a mata que dá acesso à estrada. A troca de tiros entre os policiais e os traficantes ocorreu distante do local em que Priscila foi morta. Por causa disso, as armas dos policiais não foram apreendidas, e descartou-se a possibilidade de ela ter sido atingida em troca de tiros entre os bandidos invasores e a polícia.

Investigadores acreditam que os traficantes sejam do Complexo do Lins e queriam passar pela Favela Mata Machado, na fuga. Ainda não se sabe se eles conseguiram fugir ou estão escondidos na floresta. Após a morte da dentista, o Comando de Operações Especiais fez uma operação no local.

Muito abalado, o marido de Priscila, Fabrício Maio Reis, chegou na noite desta segunda-feira para depor, mas não quis falar com a imprensa.

O carro da vítima foi atingido por vários disparosJohnson Parraguez/Parceiro/Agência O Dia


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