As trôpegas contas estaduais preocupam os cariocas que dependem do benefício do Bilhete Único intermunicipal para se locomover. A universitária Nathalia Pinto, de 24 anos, usa a redução no valor da passagem para ir de casa até a Gávea, na Zona Sul, onde estuda. “Pego o ônibus intermunicipal, de Nova Iguaçu, e metrô e não pago o valor integral das passagens. Para mim dificultaria bastante se acabasse o Bilhete Único, porque minha família já tem um orçamento programado para o mês”, contou.
Governo promete pagar subsídio do Bilhete Único
Com dívida de R$ 6 milhões com as concessionárias de transporte público, estado diz que vai regularizar débito na semana que vem para manter benefício
Rio - Com uma dívida de R$ 6 milhões com as concessionárias de transportes públicos, referente ao Bilhete Único intermunicipal, o governo estadual garantiu ontem que vai manter o benefício. A Secretaria estadual de Transportes informou que deve regularizar os débitos com as empresas na semana que vem, apesar dos recentes arrestos judiciais para pagamento de servidores que o estado vem enfrentando.
As pastas da Fazenda e de Transportes tiveram reunião ontem à tarde para negociar o pagamento. Inicialmente, a primeira havia pontuado que não havia dinheiro para quitar a dívida, mas após as discussões foi anunciado que o programa será mantido.
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Como uma forma de cortar gastos, o estado propôs restrições ao BU no chamado ‘Pacote de Maldades’, que está em discussão na Assembleia Legislativa. Uma delas é o reajuste da tarifa de R$ 6,50 para R$ 7,50, além de um teto de R$ 150 de subsídio por beneficiário.
O estado paga a diferença entre o valor do BU e o preço total das passagens. Atualmente, o governo gasta mais de R$ 500 milhões por ano com o subsídio e, segundo estimativa, com as restrições, a economia seria de R$ 256 milhões ao ano.
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Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat