Por bianca.lobianco
Rio - O Réveillon de Copacabana reuniu 2 milhões de pessoas para celebrar a chegada do novo ano, e como todo ano, toneladas de lixo ficaram pela orla. Segundo a Comlurb, ao todo, 558 toneladas foram recolhidas, sendo 290 apenas em Copacabana — com menos tempo de fogos e menos gente, a quantidade de lixo também diminuiu, 20% menor que as 363 toneladas de 2016.
Depois da festa da virada%2C o trabalho pesado%3A garis recolhem detritos deixados em CopacabanaSandro Vox / Agência O Dia

Este ano a queima de fogos durou 12 minutos, 4 a menos que no ano anterior, mas mesmo assim encantou quem foi à praia. E muitos permanecerem. A orla na manhã do primeiro dia do ano era dos “sobreviventes” do Réveillon. No Leme, na Zona Sul, muita gente se ‘empanava’ na areia, dormindo a sono solto. Apenas algumas barracas de acampamento resistiam, mas seus ocupantes não mostravam sinal de cansaço.

A família Diniz, de Belo Horizonte, em Minas Gerais, por exemplo, já tinha desmontado a barraca, mas disse que não arredaria o pé da beira do mar até o sol se por. Afinal, a mãe Nilda, de 47 anos, e os filhos Alef, de 21, e Josimar, de 29, viajaram por oito horas de carro só para assistir a queima de fogos de Copacabana. O que restava do acampamento eram as várias malas de viagem da família — a hospedagem ao ar livre fez com que o passeio custasse apenas R$ 200.
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Já os estudantes italianos Pietro Giovani, de 21 anos, e Iara Rossi, de 22, passaram a noite em uma cama mais confortável, em um hotel em frente à praia. Já vermelhos de sol, o casal aprovou a festa. “O Rio é quente, fantástico e relax”, resumiu Pietro.
Muitas pessoas começaram o ano trabalhando. Érico Rosa, de 47 anos, era um dos 3,8 mil garis convocados para a limpeza de praias e parques. Érico acordou às 3h para limpar os restos dos festejos da virada. E começou 2017 no lucro: achou R$ 2 na areia. “Vou colocar no cofrinho e inteirar lá em casa. Comecei o ano bem, melhor que sair perdendo”, brincou.
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Durante a festa, os quatro postos de atendimento montados na orla de Copacabana atenderam 578 pessoas, 162 a menos que no ano passado. A maioria dos casos foi de intoxicação alcoólica e mal estar devido ao calor. 
*Reportagem de Alessandra Monnerat