Por gabriela.mattos
Rio - Passou de sete em 2015 para 17 em 2016 — um aumento de 142% — o número de assaltos e tentativas de roubos a joalherias no Rio e na Região Metropolitana, de acordo com a associação de joalheiros e relojoeiros do Rio. Somente este ano já são três casos. A última tentativa ocorreu na noite de domingo, no Botafogo Praia Shopping. Em outro ataque dia 4, no Tijuca Off Shopping, um PM que fazia a segurança da loja foi assassinado e um casal de clientes ficou ferido. A polícia investiga se os casos de roubos têm ligação e se foram realizados por uma quadrilha especializada em assaltos a joalherias.
“Estamos buscando informações, com apoio de outras unidades, no sentido de verificar se a autoria é a mesma em joalherias de shoppings centers, para identificar possível quadrilha em atuação”, disse o delegado da 10ª DP (Botafogo), Tarcísio Andreas Jansen.
Última ação foi em joalheria do Botafogo Praia Shopping%2C sem vítimasFoto de leitor

No domingo, o alvo dos bandidos foi a joalheria Vivara, no primeiro andar do Botafogo Praia Shopping. Por volta das 21h houve disparos de arma de fogo na frente do centro comercial. Ninguém ficou ferido. Em nota, o shopping informou que os bandidos não levaram nada e que está contribuindo com as investigações. Disse ainda que encaminhou as imagens de segurança para a delegacia, para que a polícia faça uma identificação visual.

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A ação assustou lojistas e frequentadores. Uma vendedora que não quis se identificar disse que o clima foi de tensão. “As pessoas começaram a se jogar no chão porque estavam com medo dos tiros. Foi uma correria”. De acordo com policiais, os suspeitos conseguiram fugir. Durante a fuga, renderam um taxista e um deles furtou uma motocicleta, encontrada na Rua Professor Alfredo Gomes, também em Botafogo.
O delegado disse que uma equipe da 10ª DP compareceu ao local com uma equipe de perícia. “Foi aberta uma investigação, que está sendo acompanhada por agentes da unidade, junto de equipes da perícia papiloscópica e perícia de local. O ICCE fez uma análise pericial bem circunstanciada, no sentido de obtermos as digitais dos meliantes, não só na loja, como na motocicleta usada por um deles no crime”. Ainda segundo o delegado, as vítimas já prestaram depoimento na unidade e esperam o resultado da perícia. “Esperamos apresentar algum tipo de resultado mais palpável em 30 dias”.
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Reportagem da estagiária Marina Cardoso