Por gabriela.mattos
Rio - A possibilidade de apoio do governo federal tem animado Pezão, mas é bom que ele não descuide da retaguarda. O descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que será anunciado pelo Palácio Guanabara no fim deste mês, vai dar mais combustível para os que querem o impeachment. O descumprimento, em tese, não é motivo para a queda do governador, uma vez que está respaldado pelo decreto de calamidade pública aprovado pela Assembleia Legislativa.
Mas deputados de oposição e servidores públicos que verão, mais uma vez, medidas impopulares serem submetidas ao plenário da Alerj, pretendem inflamar as ruas. E dizem que o impeachment de Pezão acarretaria também no afastamento do vice, Francisco Dornelles (PP), que assumiu o governo durante o tratamento do titular contra um linfoma. Nos bastidores, deputados falam nos nomes de André Corrêa (DEM), Jorge Picciani (PMDB) e Pedro Fernandes (PMDB) para o lugar de Pezão.
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Negativa
Os três negam qualquer interesse em assumir o Palácio Guanabara.
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Única alternativa
Presidente da Alerj, Picciani garante que dará todo o apoio para que o governo consiga aprovar as condições impostas pelo governo federal para a concessão dos benefícios. “É a única saída que vejo no curto e médio prazos.” 
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Comparação
Líder da segunda maior bancada da Alerj, com sete deputados, Luiz Martins (PDT) compara as condições impostas pelo governo federal ao Rio às que o Fundo Monetário Internacional já fez ao Brasil. “Condições inaceitáveis.” Martins diz não ver motivo para o impeachment de Pezão. “Até o momento vi incompetência, mas não crime de responsabilidade.”
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Consulta ao chefe
Indicado pelo partido para assumir a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda, Jorge Felippe Neto (DEM) consultará Rodrigo Maia. Quer o aval do presidente nacional da legenda e da Câmara dos Deputados.
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Aliás
Rodrigo Maia, que tenta se reeleger presidente da Câmara, gostou da entrada de Jovair Arantes (PTB-GO) na disputa. Acredita que o movimento enfraquece o rival Rogério Rosso (PSD-DF). Ambos os adversários dividem votos do Centrão.
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Equipe
Prefeito de Japeri, Carlos Moraes (PP) escolheu Roberta Bailune para comandar a Secretaria de Educação. Ela é acusada pelo Ministério Público de desviar quase R$ 3 milhões da merenda escolar durante a gestão do ex-prefeito Timor.