Por marlos.mendes
Rio - A possibilidade de intervenção federal no estado tem sido discutida por deputados estaduais de oposição, da base do governo e até mesmo por parlamentares do PMDB, partido do governador Pezão. Citam o artigo 34 da Constituição que diz que a medida deve ser adotada em caso de “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública” e “reorganizar as finanças da federação”.
“Insustentável”
Os entusiastas alegam que, diante da negativa do Supremo Tribunal Federal de antecipar os empréstimos, a situação do estado ficará insustentável. Com a intervenção, um representante do governo federal assumiria o estado por cerca de dois meses e, então, convocaria eleições diretas para um mandato tampão.
Publicidade
Fator Jonas Lopes
A delação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes também é aguardada na Assembleia Legislativa. “Caso a denúncia comprometa o (presidente da Casa, Jorge) Picciani, o estado perde a sua maior e única liderança. Graças a ele o Pezão conseguiu recompor a base na Alerj”, diz um deputado.
Bloco do eu sozinho
Advogado de Jonas Lopes, Nélio Machado não trabalha com delações premiadas. O que se diz é que, também advogado, o próprio Lopes tem negociado os termos de sua delação com a Justiça.
Publicidade
Fora do radar
Um aliado próximo de Michel Temer diz que, hoje, o presidente não cogita a intervenção.
Futuro ministro
Temer deve nomear Carlos Velloso para o Ministério da Justiça nos próximos dias. O fato de ser ex-ministro do STF pesa a favor de Velloso — Temer quer alguém com interlocução com a corte.
Publicidade
Crivella viaja
O prefeito Marcelo Crivella arruma as malas. Viajará na próxima quarta-feira, dia 22, para a África do Sul, onde ficará durante o Carnaval.
Câmara prestigiada
A ida de Crivella hoje à abertura do ano legislativo na Câmara Municipal agrada, é claro, aos vereadores. Parlamentares lembram que Eduardo Paes não costumava ir à cerimônia. Parte da base, no entanto, tem demonstrado irritação com o prefeito por pleitos não atendidos.
Publicidade
Espera que mata
Ocorre hoje a primeira audiência do processo criminal em que quatro médicos respondem pela morte de Ana Carolina Cassino. Em 2014, aos 23 anos, ela não resistiu após esperar 28 horas por uma cirurgia no apêndice, na Unimed-Barra. A ação é movida pelo noivo, Leandro Farias.