Por thiago.antunes

Rio - A Cesgranrio divulgou no início do mês uma pesquisa realizada entre turistas homossexuais que apontou que, embora 70% considerem o Rio de Janeiro uma cidade ‘gay-friendly’, o maior problema é a falta de informações para os viajantes LGBT. Ao notar essa necessidade, o jornalista Felipe Martins, de 36 anos, se lançou ao desafio de produzir, em apenas duas semanas, um guia bilíngue grátis: o Rio Gay Life.

Publicação traz dicas que vão de blocos de Carnaval a grifes de modaDivulgação

Com dicas que vão de blocos de Carnaval a grifes, o panfleto vai ser distribuído em hotéis, praias e outros pontos de interesses de visitantes gays. Todo o trabalho foi custeado do bolso de Felipe. Agora, ele espera conseguir apoio para continuar produzindo o impresso mensalmente. “Consegui fazer tudo na amizade e sozinho, usando minha experiência como jornalista e carioca”, contou.

No entanto, ele enfrentou dificuldades ao relacionar estabelecimentos, que não queriam ser associados ao público gay. “Muitos disseram que não queriam restringir sua imagem, mas acho que é o contrário, é fazer uma inclusão”.

20 anos, nenhuma sanção

Desde o estabelecimento da Lei Municipal 2475/96, que proíbe discriminação por orientação sexual em estabelecimentos, nenhuma sanção foi aplicada, segundo a assessoria da Coordenaria Especial para Diversidade Sexual da prefeitura. O novo coordenador, Nélio Georgini, afirmou que vai pedir às 16 superintendências ligadas ao órgão atenção especial ao assunto.

Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat

Você pode gostar