Rio - Fundadora do Instituto Novo Brasil, que ajuda moradores a regularizar suas casas em comunidades carentes, Sônia Andrade recebeu a medalha Chiquinha Gonzaga, concedida pela Câmara de Vereadores do Rio, pelo trabalho social realizado. A honraria homenageou a criadora da organização no Dia Internacional da Mulher.
A escolha de Sônia Andrade foi obtida por meio de consulta popular realizada pelo vereador Alexandre Arraes (PSDB). Desde 2006, o instituto trabalha com a missão de regularizar a situação habitacional dos moradores de comunidades por todo o Brasil, fornecendo o registro do título de posse que é o primeiro passo em direção à regularização fundiária. A legalização garante ao proprietário a possibilidade de transmissão aos seus herdeiros, cessão no mercado imobiliário e, principalmente, a justa indenização nas hipóteses de desapropriação ou despejo.
Mais de seis mil famílias já foram atendidas gratuitamente pelo projeto A Casa É Nossa em favelas como Cantagalo, Pavão-pavãozinho, Alto da Boa Vista, Complexo do Alemão, Complexo de Manguinhos, Ladeira dos Tabajaras, Beira Rio, Canal do Anil, Cidade de Deus e Chácara do Céu.
Formada em Direito, Sônia começou a pensar sobre a função social dos cartórios para a vida da população durante o exercício de seu trabalho como registradora pública e titular de um cartório de Ofício de Registro de Títulos e Documentos. O prêmio Chiquinha Gonzaga, que em 2017 é lembrada pelos 170 anos de seu nascimento, também foi indicada a Andrea Gomides, do Instituto Ekloos, e a Iraci Gomes, da Associação de Moradores da Vila Canoas, que ficaram, respectivamente, em 2º e 3º lugares na votação. Na solenidade, todas as indicadas foram agraciadas.