Rio - O Rio pode sediar mais um evento esportivo internacional: os Jogos Pan-Americanos Master. De amanhã a quarta-feira, diretores do comitê do International Americas Master Games (IMGA) estarão na cidade, fazendo uma visita técnica. O Rio disputa com as cidades de Cleveland (EUA) e Cali (Colômbia) o privilégio de ser o palco dos Jogos, que ocorrerão em 2020. O resultado sai em abril.
O grande barato do Pan Master é que qualquer pessoa acima de 35 anos pode participar, sendo que os para-atletas podem competir ao lado, ou no mesmo campo de jogo, dos competidores que não tem necessidades especiais.
“É muito mais agregador porque é aberto ao público, não vende ingresso. É uma coisa mais simples e democrática. Tem charme e tudo a ver com o Rio”, afirmou o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do estado, Thiago Pampolha. “Tem skate, basquete de três, ciclismo, maratona, surf. É mais amplo e qualquer pessoa pode participar. A expectativa é bater recorde, que é de 20 mil. Estamos animados para receber os jogos pela primeira vez”, empolga-se.
A realização do evento internacional é mais uma aposta do secretário, que assumiu o cargo em janeiro, para incrementar as atividades esportivas no estado. Para Pampolha, o esporte, além de cumprir sua missão social, pode ser uma ferramenta importante no processo de recuperação financeira do estado.
PARCERIA
Para tanto, ele conta com a parceria da iniciativa privada. “A Lei de Incentivos ao Esporte é de fundamental importância. Prevê que podemos buscar parceiros para investir em eventos e práticas esportivas, e a contrapartida é o abatimento no pagamento de imposto. É um modelo de sucesso, utilizado na maior parte dos estados, e é a válvula de escape do Rio”, disse. Ele cita a bem sucedida parceria da secretaria com O DIA, como exemplo, em que um parceiro complementa a ação do outro. “Juntos conseguimos viabilizar, sem onerar o estado de forma contundente e atender o objetivo. Sou defensor dessa lei. Estou animado com os próximos meses de trabalho”, garantiu.
“O Maracanã é do povo”
O destino do Maracanã é uma das principais dores de cabeça do secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Rio, Thiago Pampolha. “Estamos preocupados porque é um patrimônio que a gente não pode deixar ser dilapidado. O Maracanã é do povo do estado”, defende o secretário. Pampolha explica que mais do que o principal palco esportivo do Brasil, o estádio é um importante atrativo para os turistas. “É o segundo maior ponto turístico da cidade, só perde para o Corcovado. A gente não pode deixar fechar. Estamos trabalhando para dar solução”, garantiu.
O secretário revelou que seu sonho era retomar a administração do Maraca. “O desejo existe, mas não há viabilidade hoje. O estado não tem condições de assumir”, lamenta Pampolha, explicando que a manutenção é cara. “Nada pode ser descartado, mas o ideal é que o Maracanã seja cuidado por quem tem lastro financeiro. Não podemos entrar e garantir dois, três meses de funcionamento e voltar à estaca zero”. Segundo ele, existe apenas uma certeza: “Não queremos ter o Maracanã de portas fechadas”.
