Por thiago.antunes

Rio - O corpo do turista argentino Matías Carena, de 28 anos, que morreu vítima de espancamento após uma briga na saída do bar e restaurante Barzin, em Ipanema, na zona sul do Rio, na madrugada de domingo, foi liberado nesta segunda pelo Instituto Médico-Legal (IML).

A transferência para a Argentina ainda está sendo preparada pela família com apoio do consulado argentino na capital fluminense. Parentes do turista e integrantes do consulado estiveram nesta segunda-feira na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Matias Carena (à direita) posa com amigo ao chegar em aeroporto no Rio de JaneiroReprodução Twitter

De acordo com o delegado titular da DH, Fábio Cardoso Júnior, Matías Carena morreu por causa de uma pancada. O turista levou um soco no rosto, caiu e bateu com a cabeça em um degrau de uma loja do outro lado do bar, para onde tinha ido tentando escapar da confusão. “A necrópsia feita no corpo da vítima aponta que a causa mortis foi uma contusão no crânio”, disse.

Testemunhas contaram que o argentino foi agredido mesmo caído no chão. Levou chutes e golpes até de muleta de um dos agressores. Apesar de ser levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul do Rio, ele chegou morto na unidade.

A briga que terminou com a agressão envolveu argentinos e brasileiros, que fizeram provocações e deboches por causa de reclamações do grupo que acompanhava Matías sobre o preço da conta cobrada pelo bar.

Policiais buscam imagens de câmeras de segurança para identificar agressores do argentinoErnesto Carriço / Agência O Dia

“A investigação aponta que os agressores são pessoas que  costumam frequentar este bar, ou seja, são conhecidos do bar. Então, por isso, também, é que as provas criminais e as imagens de câmera de segurança estão dando uma indicação muito forte de que a DH vai dar uma resposta rápida, eficaz e eficiente neste crime, nesta investigação”, disse o delegado.

Ontem na sua página no Facebook, o clube de futsal argentino Circulos Unidos G.O.N. publicou uma nota em que informava a morte de Matías “com uma profunda dor”. O argentino era jogador da 1ª divisão de futsal do clube, que classificou ainda como confuso o episódio no Rio de Janeiro. “Nossa instituição permanecerá fechada e decreta 48 horas de luto”.

O clube relembrou também a chegada do argentino à agremiação. “Matias veio ao clube com uma mochila cheia de ilusões e nas suas merecidas férias uns assassinos lhe arrancaram a vida. Só pedimos a todos que partilhem a publicação para pedir #justiciapormatias”, concluiu a nota.

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