Rio - Pioneiro em coleta seletiva, Niterói vai ganhar até o fim do ano, no Morro do Céu, um moderno Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) com uma unidade específica para tratamento de chorume, um líquido tóxico formado a partir da decomposição de matéria orgânica no lixo. O presidente da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), disse que o objetivo é tornar o novo CTR da cidade num modelo. Para isso, a empresa deve apresentar, também este ano, um projeto de tratamento de resíduos orgânicos por meio da biodigestão com geração de energia.
“O diferencial desse CTR é que se trata de uma obra de engenharia com todos os requisitos de segurança ambiental, licenciados pelo Inea, e que conta com o que há de mais moderno em tratamento de chorume”, explica Luiz Fróes. Para acrescentar ao novo CTR essa unidade geradora de energia, já foram iniciados os estudos de viabilidade do projeto.
Segundo ele, Niterói tem se destacado desde 2013 ao cumprir, rigorosamente, todos os itens da lei federal dos resíduos sólidos. “Isso é possível com a mais correta destinação final, a coleta seletiva, a destinação dos resíduos de saúde e de construção civil e o gerenciamento dos grandes geradores (estabelecimentos e empreendimentos que geram mais de 120 litros de resíduos por dia)”, explica. Outra medida acertada, diz Fróes, é a utilização de aterros licenciados de municípios vizinhos.
Resíduos vão para cidades
Além de fazer o monitoramento da qualidade das águas e do ar, geotécnico e ambiental, a célula emergencial do Morro do Céu recebe hoje apenas resíduos de poda de árvores e varrição das ruas de Niterói. Resíduos domiciliares e de construção civil são levados para o CTR de Anaia, em São Gonçalo. Já os resíduos de saúde vão para o CTR de Itaboraí, e todo o material reciclável é doado a cooperativas de catadores. “Mesmo com toda a dificuldade de municípios urbanos encontrarem áreas para novos aterros, Niterói inaugurará este ano o seu novo CTR”, destacou Fróes.