Por lucas.cardoso

Rio - Um bebê de 1 ano e oito meses e dois jovens, de 18 e 15 anos, foram feridos a tiros no confronto entre policiais militares e traficantes em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desta sexta-feira. Moradores revoltados incendiaram sete ônibus na Estrada de Madureira, que corta os bairros Santa Maria, Dom Bosco e Val Paraíso, em Nova Iguaçu.

Segundo a Polícia Militar, as vítimas foram baleadas durante um confronto entre a policiais e criminosos nas comunidades conhecidas como Dom Bosco e Conjunto da Marinha, dominadas pela mesma facção criminosa. Moradores, contudo, afirmam que o confronto foi entre milicianos e traficantes.

Foram incendiados sete ônibus de quatro empresasReprodução Twitter

A Polícia Militar informou que o Batalhão de Choque (BPChq) foi acionado após denúncia de que seis criminosos fortemente armados estariam circulando em um carro pela região. Segundo a PM os policiais foram recebidos a tiros ao chegar ao bairro Marapicu eos bandidos fugiram para uma região de mata.

Em nota, o Hospital da Posse informou foram socorridos na emergência Carlos Gabriel Silva de Souza, de 18 anos, e uma menina de 1 ano e oito meses. Carlos Gabriel foi atingido no ombro esquerdo, passou por cirurgia e está internado fora de perigo. A menina foi ferida no braço esquerdo e também foi operada e está internada.

Segundo policiais que atenderam a ocorrência, o rapaz de 15 anos foi socorrido na UPA de Cabuçu e liberada em seguida.

Bombeiros hostilizados

Os bombeiros foram chamados às 20h40 para apagar o fogo no primeiro ônibus incendiado e foram hostilizados até a chegada de policiais do 20º BPM (Mesquita). Os sete coletivos queimados são de linhas que passam pela Estrada de Madureira, que corta as comunidades Santa Maria, Dom Bosco e Val Paraíso

Dos ônibus incendiados, três eram da viação Real Rio, dois da Ponte Coberta, um Glória e outro da Costeira.

Outros três ônibus foram destruídos em Duque de Caxias, Macaé e Araruama. Segundo a Fetranspor, este ano foram 29 ônibus destruídos por ações criminosas. Em 2016 foram 43 coletivos destruídos.

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