Por luana.benedito

Rio - Bandidos atacaram uma agência bancária da Caixa Econômica Federal, na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, durante a madrugada desta sexta-feira. O crime aconteceu um dia após a Polícia Militar e o Ministério Público realizarem uma operação contra uma quadrilha especializada em roubo caixas eletrônicos com uso de explosivos. 

Bandidos explodem caixa eletrônico em IpanemaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

De acordo com informações da polícia, uma testemunha e um homem foram ouvidos. No entanto, foi constatado através das câmeras de monitoramento do banco que o suspeito não participou do roubo. Ele era um morador de rua que dormia próximo ao local.

Segundo relatos de moradores do bairro, os bandidos jogaram pregos para furar os pneus de viaturas da polícia para impedir que os militares fossem atrás deles. 

De acordo com testemunhas%2C pregos foram usados pelos bandidos para para furar os pneus de viaturas da políciaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

PCC pode estar envolvido nos ataques a caixas eletrônicos no Rio

A Polícia Civil investiga uma possível participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos recentes ataques a caixas eletrônicos no Rio de Janeiro. No entanto, o órgão evitou dar detalhes do inquérito para não atrapalhar as investigações.

Não é a primeira vez que o PCC está na mira de investigações da Polícia Civil do Rio. No início do ano, policiais fluminenses identificaram uma aliança entre a facção paulista com a Amigo dos Amigos (ADA), o que levou a mudanças internas no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Uma investigação da polícia paulista provou que integrantes do PCC estariam morando na Rocinha, dominada pela ADA, para ajudar a gerenciar o tráfico na favela. De acordo com a polícia do Rio, o PCC teria rompido um acordo de cooperação de mais de 20 anos com o Comando Vermelho (CV) e, por conta disso, pediram a transferência de galeria dentro do presídio.

Na modalidade de ataque a caixas eletrônicos, apenas em fevereiro deste ano, quatro agências — duas em Belford Roxo, uma no Centro do Rio e outra no Rio Comprido — foram alvo de criminosos. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, foram registrados 51 roubos a caixas em 2016, o que representa um aumento de 54% em comparação com o ano anterior.

Somente no ano passado, foram apreendidos 644 materiais explosivos em todo o estado, incluindo bombas de fabricação caseira.

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