Por karilayn.areias

Rio -A exemplo do empenho e entusiasmo de engenheiros que preparam carros de Fórmula 1 para uma corrida, quatro equipes de alunos e professores de duas instituições públicas do Rio estão construindo drones para participar da primeira competição nacional de engenheiros da mobilidade. O evento vai reunir outros oito grupos estudantis de Minas Gerais e São Paulo, entre 19 e 21 de maio, no campus da Universidade Federal de Itajubá, em Minas.

Time do Cefet Maracanã tem 15 alunos que vão criar drone para missões autônomas e com rádio-controleDivulgação

Para os alunos do Cefet Maracanã, Cefet Nova Iguaçu e Colégio Pedro II de São Cristóvão, a Fórmula Drone SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) serve para pensar novas soluções para problemas técnicos que os equipamentos possam apresentar futuramente. “Usar a nossa imaginação para identificar saídas nos problemas tecnológicos é muito gratificante”, contou Willian de Oliveira Silva, de 16 anos, um dos 15 alunos de Mecânica Técnica Industrial do Cefet Maracanã que participarão da prova.

O projeto Fórmula Drone consiste no desafio da construção de um drone próprio, do tipo Quadcopter F450. O modelo inventado será programado para realizar tanto missões autônomas, quanto missões com auxílio de rádio controle. Pouco antes das disputas, serão definidos os tipos de missões a ser executadas, que podem ser desde as mais simples, como levantar voo e pousar, até as mais complexas, como colocar uma carga em um alvo fornecido previamente.

“A competição é importante, pois consegue integrar o conhecimento aprendido em sala com a realidade”, comentou o futuro engenheiro de Controle e Automação Leandro Borba Barcelos, 16. Para o estudante de Engenharia Fernando Abreu, da mesma idade, o projeto ensina aos jovens, sobretudo, a descoberta de soluções em equipe. “É uma das principais ferramentas para se resolver problemas tecnológicos”, opinou.

O professor de Informática e coordenador do Grupo de Robótica Maracanã, João Roberto de Toledo, está ansioso para competição. “Será um orgulho representar o Rio nessa disputa. Nossa equipe está envolvida em projetos de automação e robótica desde 2014, unindo alunos de vários cursos da instituição”, contou.

Para a organização do evento, o projeto envolve diferentes conhecimentos, mesmo sendo uma competição. “Permite aos alunos, tanto praticar o aprendizado, quanto captar novos conhecimentos que os levam à sala de aula com novas perguntas e abordagens, aumentando a qualidade do ensino”, afirma Frank Sowade, presidente da SAE Brasil. “O Fórmula Drone SAE visa contribuir para a formação de jovens profissionais diferenciados, em benefício da tecnologia da mobilidade em nosso país”, ressaltou. 

Três dias de competição

Pelas regras da competição, o drone deverá seguir modelo padronizado, principalmente no que diz respeito às asas rotativas, e de valor acessível às equipes concorrentes. Os sistemas de bordo, a partir de dispositivos e componentes eletrônicos disponíveis no mercado, deverão resultar do talento, capacidade criativa e dedicação de cada equipe.

Serão três dias de competição. O primeiro terá uma sequência de apresentações orais e esclarecimentos de dúvidas das equipes concorrentes perante uma comissão de juízes. Desta etapa, resultará uma pontuação e classificação inicial entre os grupos. Os dois dias seguintes serão de competição de voo, composta por baterias sucessivas de voos orientados ao cumprimento de cinco missões específicas, descritas no regulamento. O somatório das pontuações definirá a classificação.

Os prêmios para as três melhores equipes serão troféus, medalhas e certificados acadêmicos, que ajudarão os alunos no doutorado.

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