Por gabriela.mattos

Rio - O Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Maria Amélia Castro e Silva Belfort, no Complexo da Maré, foi alvo de vandalismo nesta quarta-feira. Em fotos enviadas ao WhatsApp O DIA (98762-8248), é possível ver brinquedos e tintas jogadas no chão, além de torneiras abertas, comidas espalhadas nas mesas e portas arrombadas. As aulas precisaram ser suspensas na unidade.

Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) foi vandalizado na MaréWhatsApp O DIA (98762-8248)

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os representantes do órgão já foram ao local contabilizar os prejuízos, mas não constataram furtos. "A 4ª CRE está nesse momento tomando as providências cabíveis para que tudo se restabeleça o mais breve possível", completou, em nota. A Polícia Civil informou que o caso ainda não foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso).

Funcionários encontraram torneiras e chuveiros abertos em EDI da MaréWhatsApp O DIA (98762-8248)

O caso ocorreu no mesmo dia em que os moradores estão organizando uma marcha contra a violência policial. "Maior mancada! Já não temos aula por causa dos tiroteios, agora entram e bagunçam tudo", escreveram na página "Maré Vive".

Além de brinquedos e tintas espalhadas%2C os funcionários encontraram também comida jogada no chão e nas mesas das criançasWhatsApp O DIA (98762-8248)

"Estou pasma com tanto sangue frio. Como tem coragem de fazer uma barbaridade como essa?", lamentou outro morador. "Isso é vergonhoso", afirmou mais um internauta. "As escolas e creches são para nós, moradores da comunidade. É preciso ter cuidado sempre", acrescentou mais um.

Marcha pede fim de violência na Maré

Moradores das 16 favelas do Complexo da Maré, além de movimentos sociais, ONGs e artistas, realizam uma marcha, a partir das 13h desta quarta-feira, pelo fim da violência e pela segurança pública nas comunidades. De acordo com os integrantes do 'Fórum Basta de Violência! Uma outra Maré é possível', que convoca a passeata, o objetivo é cobrar transparência do governo do estado sobre os motivos das atuações violentas da Polícia Militar nas favelas cariocas.

"No ano passado, morreram 33 pessoas na Maré. Nos três primeiros meses de 2017 já foram 13 por causa das intervenções policiais, se continuar desse jeito vai acontecer uma chacina", diz Marina Motta, integrante do fórum, que foi criado em fevereiro deste ano por instituições da sociedade civil, de órgãos públicos, privados e moradores, e realiza seu primeiro ato nesta quarta-feira.


Você pode gostar