Por karilayn.areias

Rio - A Polícia Civil instaurou um inquérito, nesta quinta-feira, para apurar o possível desaparecimento da ossada do ex-jogador de futebol Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha. A investigação começou após uma das filhas do craque do Botafogo e da seleção brasileira declarar que, após exumação, a prefeitura de Magé não sabe mais onde os ossos foram depositados.

Polícia investiga sumiço de restos mortais de Garrincha (no meio)Uanderson Fernandes / Agência O Dia

De acordo com o delegado responsável por assumir o caso, Antônio Silvino Teixeira, a pena prevista para este tipo de crime, é de reclusão de um a três anos, bem como a data em que tal crime teria sido praticado. 

O corpo do ex-jogador foi enterrado em janeiro de 1983 no cemitério de Raiz da Serra, em Magé, Região Metropolitana do Rio. 

Neto nega sumiço e fala de 'grande farsa' 

Apesar da polêmica, Luiz Marques, 31, um dos netos do ex-jogador, desmentiu a história. "Essa notícia é maldosa, de uma filha que apareceu há pouco tempo. Está nos trazendo um transtorno muito grande". 

Responsável por um projeto social que leva futebol para 1.500 crianças na Vila Cruzeiro, no Rio, Luiz disse que acordou nesta quarta-feira com mensagens de amigos preocupados com a notícia. "Fiquei sabendo disso pela imprensa, mas tenho certeza absoluta de que os ossos do meu avô continuam no mesmo lugar de sempre", disse.

O mesmo lugar de sempre é um túmulo simples no quase abandonado cemitério Raiz da Serra, em Magé, que possui muitas sepulturas deterioradas e sacos de lixo com ossadas depositadas em um mesmo local. 

O túmulo de Garrincha - ao menos o original - é simples e todo branco. Tem o ano de seu falecimento grafado erroneamente - 20 de janeiro de 1985, sendo que ele morreu dois anos antes. Além disso, outra lápide informa que naquele mesmo jazigo está enterrada uma criança de 10 anos, morta em 1955. Ela seria parente do ex-jogador.

Segundo Luiz Marques, é lá que estão depositados os ossos de Garrincha. "Conversei com um coveiro que sempre morou ao lado do cemitério e ele me disse ter certeza de que ninguém mexeu na sepultura. Sem contar que é uma cidade pequena, todo mundo saberia", ponderou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Você pode gostar