Por thiago.antunes

Rio - O governo federal estuda aumentar o Bolsa Família em R$ 200, por três meses, no estado. Cerca de 400 mil famílias devem ser beneficiadas: uma injeção de R$ 240 milhões na economia do Rio. O plano foi revelado pelo ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) em encontro com secretários estaduais e municipais anteontem no Palácio Guanabara.

A solidariedade do Planalto com o Rio é, também, uma clara tentativa de melhorar a popularidade do presidente. Desde a delação da JBS, Michel Temer tem se agarrado a avanços na área econômica para permanecer no cargo.

Antecipação

O governo federal pretende ainda antecipar o pagamento do Bolsa Família, hoje feito a partir do dia 15, para os primeiros dias de cada mês.

Artifício

Para que o aumento temporário contemple apenas o Rio, seria feito um decreto nos moldes do ‘estado de calamidade’. Não foi estipulada data para que isso ocorra, mas, tendo em vista a delicada situação de Temer, não deve tardar.

Espera aí!

Ao ouvir a informação, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Pedro Fernandes (PMDB), quase pulou no pescoço de Terra. Argumentou que, com essa grana, estado e prefeitura poderiam retomar serviços essenciais, como abrigos para idosos e restaurantes populares. Foi apoiado pelos outros secretários.

De olho em 2018

Ministro dos Esportes, Leonardo Picciani (PMDB) terá um papel importante no socorro do governo federal ao Rio. Sua pasta será uma das que mais vai liberar verba. Aliás: o peemedebista planeja se candidatar ao Senado ano que vem.

Sem eira nem Meira

O subsecretário municipal de Infraestrutura (leia-se Obras), Fernando Meira, está esvaziado e insatisfeito na pasta, subordinada à Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, comandada por Indio da Costa (PSD). A única comissão de licitação para a escolha de empresas que vão tocar obras na cidade é controlada por Sebastião Bruno, subsecretário de Habitação.

Indio apita

Próximo de Meira, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) tentou dar mais espaço a ele. Indio bateu o pé.

Discussão no plenário

Vera Lins (PP) e Marcelino D’Almeida (PP) decidiram, ontem, abandonar o blocão governista na Câmara. Nada contra Crivella. Mas sim contra o vereador Renato Moura (PDT), que lidera o bloco ‘Por um Rio mais humano’.

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