Por adriano.araujo
Marco Luiz Silva Viana é médico do trabalho e morreu em assalto na madrugada desta terça-feira em Campo GrandeDivulgação

Rio - O médico Marco Luiz Silva Viana, de 41 anos, foi morto com dois tiros no pescoço na madrugada desta terça-feira durante um assalto na porta de casa, na Rua João Gualberto Braga.em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Ele estava saindo para trabalhar, às 4h30, quando foi abordado por três bandidos que chegaram numa Ranger preta e o renderam. Os criminosos fugiram com o carro do médico, um Honda Civic prata. Marco morava na casa com a noiva com quem ia se casar em outubro. Ela não estava em casa no momento do crime. A Delegacia de Homicídios (DH-Capital) investiga o crime.

Marco era clínico geral no Hospital Geral de Bonsucesso e no Hospital do Primeiro Distrito Naval, no Centro, para onde estava indo quando foi morto. “Daqui (do local do crime) até onde ele trabalhava é longe, por isso tinha que sair esse horário. O que aconteceu com ele é revoltante e triste. Hoje, o Rio de Janeiro está cada vez pior. A gente vive com medo que possa acontecer alguma coisa. Hoje,não temos nada, nem saúde, nem educação e muito menos segurança. Espero que a justiça seja feita e que isso nunca mais aconteça com família nenhuma. Agora, eu te pergunto: ele vai entear para as estatísticas?”, desabafou a noiva do médico que pediu para não ser identificada.

Médico foi morto na saída de casa em Campo GrandeMaíra Coelho / Agência O Dia

Vizinhos de Marco contaram que ele era uma pessoa tranquila e reclamaram da falta de segurança na área. Por medo, ninguém quis se identificar. “De um tempo pra cá todo dia tem assalto. São todos (assaltantes) moleques novos. Ele (Marco) era muito reservado, pessoa boa e tranquila”, contou uma moradora. Outro morador falou que, apesar do bairro ter muitos policiais como moradores, isso não garante a segurança do local. “Não tem tem policiamento nenhum no bairro. Tem muitos policiais que moram aqui e, às vezes, passam viaturas, Eles (policiais ) até tentam fazer alguma coisa, fazem o melhor que podem mas a gente vê que eles não têm estrutura para combater o crime. Morar aqui nesse bairro está cada vez mais complicado”, reclamou outro morador.

Policiais no local do crime também comentaram o assassinato do médico e relataram a falta de condições de trabalho. “Morreu um trabalhador, homem que poderia salvar até a minha vida", disse um policial que não quis se identificar. Policiais do 40º BPM (Campo Grande) foram acionados e encontraram o médico já sem vida. A DH instaurou um procedimento para apurar os fatos. Segundo a especializada, a morte aponta, a princípio, para crime de latrocínio. 

Reportagem do estagiário Rafael Nascimento, sob supervisão de Maria Inez Magalhães

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