Rio - O conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes cogita antecipar o pedido de aposentadoria. Ele já pretendia pendurar o paletó este ano, e uma ação do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio vai acelerar o processo. Isso porque o sindicato pedirá na Justiça o afastamento definitivo de Lopes, réu confesso e delator do esquema de corrupção no TCE.
Se a ação prosperar, Lopes, hoje com 60 anos, poderá perder o direito a aposentadoria integral — um conselheiro ganha R$ 30.471,11 mensais. Caso se aposente antes, fica mais difícil de a Justiça retirar um benefício já concedido.
Em ponto de bala
Procurado pela coluna, o TCE informou que Lopes “já tem tempo de contribuição suficiente e, em se tratando de aposentadoria voluntária, dar entrada no pedido depende da vontade dele”.
Em ponto de bala 2
A ação contra Lopes está saindo do forno: “Estamos finalizando, analisando aspectos de jurisprudência. Devemos entrar com ela até sexta ou, no máximo, semana que vem”, revela Álvaro Quintão, presidente do Sindicato dos Advogados.
A vaquinha e a vaca
Quando o aniversário de Lopes se aproximava, em outubro, suas secretárias recomendavam a servidores comissionados do TCE que fizessem doações para festejo e compra de presente para o então presidente do tribunal. Alguns que ocupavam cargo de chefia tinham que colaborar com inacreditáveis R$ 300. O último presente comprado pelos funcionários para o chefe com a vaquinha foi... uma vaca. Gado é uma das paixões de Lopes.
Socorro ao Rio
O governador Pezão (PMDB) acredita que todos os entraves burocráticos para o acordo de recuperação fiscal do estado serão solucionados até semana que vem. Na terça, a bancada de deputados federais do Rio terá encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Vai cobrar celeridade.
Máfia dos ônibus
Opositores de Eduardo Paes (PMDB) torcem para que desdobramentos da Operação Ponto Final respinguem no ex-prefeito. O peemedebista é um dos principais pré-candidatos ao governo estadual.
IPTU: atrito na Câmara
O vereador Ramos Filho (Podemos) não gostou de saber que pode ser retaliado por Romário, presidente estadual do partido, caso vote a favor do aumento do IPTU na Câmara. “A chegada dele fortalece a legenda, mas o (mau) relacionamento dele com o prefeito Crivella (PRB) não pode se misturar com questões partidárias. De qualquer forma, ainda não decidi meu voto.”