Por thiago.antunes

Rio - Um dos seis presos acusados pela morte de um torcedor botafoguense no Engenhão, em fevereiro, Vitor Portêncio da Silva, conhecido como Gringo, incentivou a Torcida Jovem do Flamengo (TJF) a entrar em confronto com vascaínos no último sábado, em São Januário. Ao fim da partida, um torcedor do Vasco morreu com um tiro no peito. Gringo, que está no presídio em Japeri, na Baixada Fluminense, enviou mensagens de áudio a outros integrantes da TJF, que foram obtidas pela polícia.

“Bagulho é doido. Tem que respeitar. Ai que saudade de montar aquelas estratégias lindas na rua, que saudade de acordar às 4h da manhã e convocar a tropa. Ai meu Deus, amo isso, pai”, disse Gringo, que, na época, apareceu pisando na camisa do botafoguense morto.

Vitor está preso em Japeri e convocou ataque a vascaínos no sábadoSeverino Silva / Agência O Dia

Em outra mensagem, Vitor Portêncio diz que apesar de estar “agarrado”, “nada mudou”. “Sábado é dia de confronto. Dia de caô, mano. Separa as madeiras, barras de ferro, pra cima deles”, afirmou Gringo, que fez ainda pedido para outros integrantes da TJF. “É porrada neles (torcedores da Força Jovem do Vasco). Porrada neles! Pedido do Gringo. É para colocar aquele carro às 5h da manhã e já arrebentar.” ""É o bonde do espeto, tem que respeitar", fazendo referência a objeto usado para matar torcedor do Botafogo.

O torcedor Davi Rocha, que aparece em redes sociais ao lado de símbolos da Força Jovem do Vasco (FJV), foi baleado sábado, fora do estádio, enquanto ocorria, segundo testemunhas, um confronto de vascaínos com PMs.

Ao todo, a Justiça emitiu mandados de prisão a oito integrantes da TJF pela morte do botafoguense Diego Silva dos Santos. Dois deles estão foragidos, mas continuam usando camisa da organizada e frequentando lugares movimentados. Wallace Motta, presidente da TJF, e Rafael Maggio Afonso, vice-presidente, aparecem em um vídeo que está em posse de agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

A princípio, de acordo com informações da especializada, a gravação não foi feita em São Januário, mas em alguma comunidade que está sendo identificado pelos agentes.  “Eles em liberdade representam grande risco à ordem pública, são criminosos perigosos e sem amor pelo ser humano”, afirmou o delegado Daniel Rosa, da DH.

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