Por karilayn.areias

Rio - A polêmica do censo religioso da Guarda Municipal, revelada pelo ‘Informe do DIA’ na quarta-feira, está longe de acabar. O deputado estadual Átila Nunes (PMDB) enviou ontem uma nova representação ao Ministério Público pedindo o afastamento imediato da comandante da GM, Tatiana Mendes, por proselitismo religioso: tentativa de evangelizar e converter pessoas no ambiente de trabalho à religião evangélica.

O deputado defende ainda que o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Cesar Amendola, peça desculpas formalmente por ter se referido, em entrevista, a praticantes de religiões de matriz africana como ‘macumbeiros’. O parlamentar voltou a criticar o prefeito, Marcelo Crivella, por “silêncio, omissão e total cumplicidade” no assunto. Ele acredita que existe um aparelhamento religioso da gestão municipal. O Ministério Público informou ontem, que já está investigando o caso.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) comunicou, em nota, que não foi oficialmente notificada pelo MP. “Quanto à expressão usada pelo secretário Paulo Amendola, ressalta não ter havido nenhuma intenção de desrespeitar qualquer religião”.
Inicialmente, a GM justificou a implantação do censo para subsidiar a criação de uma capelania na instituição. Sobre a representação ao MP, o órgão não quis se pronunciar. A assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio afirmou, por nota, que não existe cunho religioso na atual gestão e ressaltou que o prefeito não tinha conhecimento do censo da GM, que é uma autarquia, e por isso, tem autonomia em suas decisões internas. 


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