Por gabriela.mattos

Rio - O distritão, modelo no qual se elegem os deputados e vereadores com maior votação, é o mais cotado para ser aprovado na Reforma Política e já implementado em 2018. O Informe apurou como seriam as composições da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal caso o distritão, que não permite o voto em legenda, já estivesse em vigor nas eleições de 2014 e 2016. A mudança seria significativa.

Na Alerj, dos 70 deputados estaduais, 12 dariam adeus à vaga em detrimento a outros que tiveram mais votos — o que representa 17% do Parlamento. O PMDB de Pezão seria o mais beneficiado: ganharia 9 cadeiras, saltando de 15 para 24. Já o Psol, principal partido de oposição, seria o mais prejudicado: perderia quatro deputados, uma redução de 5 para 1.

Freixo de fora

Único psolista que permaneceria, Marcelo Freixo (Psol), hoje o mais votado da Alerj com 350 mil votos, não teria sido eleito em 2006 para seu primeiro mandato se o distritão já vigorasse na época. Na ocasião, recebeu 13 mil votos.

Fator puxador

Foi a votação de Freixo em 2014 que garantiu ao Psol as outras quatro cadeiras na atual legislatura.

PMDB cresce

Na Câmara Municipal, que conta com 51 vereadores, se o distritão já estivesse valendo no ano passado, haveria troca-troca em 11 cadeiras — 21% do Parlamento. E, novamente, o PMDB seria o partido mais beneficiado, com sete reforços, saltando de 10 para 17 parlamentares.

De saída

Já na Câmara as perdas seriam mais pulverizadas que na Alerj. PSC e PSDB seriam os mais prejudicados: cada um daria adeus a duas cadeiras. No caso do PSC, Carlos Bolsonaro, o mais votado da Casa, com 106 mil votos, ajudou a eleger os correligionários.

Saúde

A vereadora Rosa Fernandes (PMDB) reclama que a prefeitura investiu este ano apenas R$ 87 milhões em Saúde na área da AP 33, que contempla boa parte da Zona Norte. Como a previsão de investimento na região para o ano é de R$ 202 milhões, isso quer dizer que, em pleno agosto, ainda faltam 57% do prometido.

Trabalho com a base

O deputado Pedro Fernandes (PMDB) e o secretário de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca (PMDB), vão se encontrar amanhã. Fernandes, que abandonou a pasta após criticar Pezão, pleiteia espaço na Fundação Leão 13, tida como importante pela confecção de óculos de grau.

Sim

Fernandes deve ter o pedido atendido, como parte da estratégia de Pezão para manter a base na Alerj.

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