Por lucas.cardoso

Rio - A mulher de 50 anos, baleada na cabeça no fim da noite deste sábado, é mais uma vítima fatal da violência no Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Jorgina Maria Ferreira, foi levada pelo Samu para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. 

Homem é ferido durante tiroteio no JacarezinhoReprodução Internet

A comunidade, que já chega ao seu décimo dia de confronto, contabilizando sete mortes e sete feridos. Entre sábado e domingo foram duas mortes e pelo menos três pessoas baleadas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), três baleados foram socorridas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos.

Entre as vítimas, Adriane Silva, de 22 anos, também baleada na cabeça, segue em estado grave no Hospital Estadual Salgado Filho, no Méier, Zona Norte. Duas vítimas dos confrontos tiveram ferimentos leves e já foram liberadas. 

Lixo acumulado

O clima de insegurança na comunidade também impede a coleta de lixo. De acordo com a Comlurb, a coleta de lixo na comunidade está interrompida desde a última quarta-feira. Moradores também relataram que falta luz dentro da favela. À noite, bandidos teriam atirado em transformadores para reduzir a luminosidade e dificultar o trabalho da polícia na localização de criminosos. Em nota, a Light informou que segue aguardando condições de segurança para que os profissionais da companhia possam atuar no local

O comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho informou houve confronto por volta das 14h deste sábado, quando policiais foram checar uma denúncia sobre a presença de criminosos armados na região do Buraco do Lacerda e foram recebidos a tiros.

Ainda de acordo com a polícia, os homens conseguiram fugir. Posteriormente, um novo confronto foi registrado, quando outro homem foi baleado e morreu no local. A Polícia Civil afirma que segue realizando incursões no Jacarezinho para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes de drogas que atuam na comunidade.

A comunidade convive com a rotina de operações policiais e confrontos deste sexta-feira, 11 de agosto, quando o policial civil Bruno Guimarães Buhler, 36 anos, conhecido como Bruno Xingu, agente da Coordenadoria de REcursos Especiais (Core), que foi gravemente ferido em operação e morreu em seguida. O disque-denúncia oferece recompensa de R$ 50 mil por informações que levem aos responsáveis pela morte do agente da Core.

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