Rio - O secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), coronel Ronaldo Alcântara, em reunião com o governador Luiz Fernando Pezão pediu exoneração do cargo no fim da tarde desta terça-feira, após a operação Ingenium.
O atual subcomandante-geral e chefe do Estado-Maior Geral, coronel Roberto Robadey, responderá pelo comando da corporação, bem como pela secretaria de Estado de Defesa Civil, por determinação do governador.
Nesta terça-feira, 34 bombeiros, incluindo oficiais, foram alvo de operação com base em escutas telefônicas que comprou esquema de propinas para liberação de estabelecimentos para eventos. O Estádio Giulite Coutinho, em Edson Passos, na Baixada Fluminense, teria sido envolvido no esquema. O estádio pertence ao America, mas foi usado pelo Fluminense.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança, os acusados de participar do esquema de corrupção se aproveitavam da autoridade de bombeiro militar para fiscalizar os estabelecimentos. A intenção era levar os proprietários a negociar pagamento de propina em troca de não serem notificados e multados.
Os bombeiros emitiam um laudo de exigências citando todos os requisitos de segurança para incêndio e pânico. Em troca de propina, os bombeiros emitiam o documento que atestava o cumprimento exigências, apesar de não serem cumpridas.