Por gabriela.mattos

Rio - Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) criticou as ações do estado e da secretaria de Segurança na Rocinha no mês passado. Na ocasião, quase mil militares das Forças Armadas reforçaram a segurança da comunidade da Zona Sul por uma semana após a invasão de traficantes rivais.

Para o deputado, o governo estadual "demorou demais a agir". Em entrevista à rádio CBN, nesta quarta-feira, Picciani destacou que os militares tinham que ter cercado a comunidade imediatamente.

Jorge Picciani ficou afastado por quase três meses da Alerj para tratar câncerThiago Lontra / Divulgação Alerj

"Como é possível cem bandidos armados com fuzis se deslocarem da Rocinha para outros morros e isso não gerar uma reação rápida por parte do governo?", questionou o presidente da Alerj, que volta a presidir as sessões da Casa, nesta quarta, depois de quase três meses tratando de um câncer.

Picciani explicou que a política de aproximação das forças policiais no estado não pode ser colocada na prática agora. "O secretário [Roberto Sá] ainda acredita que a polícia tem que fazer uma política de aproximação. Isso poderia até ser aplicado há alguns anos, mas essa abordagem não é mais possível agora. Como se faz essa tipo de abordagem com bandidos fortemente armados como estão? O momento agora é de confronto", reforçou.

Eduardo Paes candidato em 2018

Na entrevista desta quarta, Picciani também comentou sobre as eleições para o governo do estado em 2018. O presidente da Alerj revelou que o partido vai escolher o ex-prefeito Eduardo Paes como candidato.

"É o melhor nome que nós temos. Tem impeditivos por conta de contratos de trabalho no exterior até o fim de fevereiro, mas estará disponível em março. O Eduardo [Paes] me procurou na minha casa há dois domingos para me colocar na qualidade de presidente do partido para se colocar à disposição", completou Picciani.

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