Por rodrigo.sampaio

Rio - Agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e militares do Batalhão de Munição e Suprimento de Armamento do Exército Brasileiro (BMSA) realizaram uma operação conjunta em um dos acessos à Favela da Coréia, em Senador Camará, ao longo deste sábado. A ação teve como principal objetivo da ação era retirar todos os equipamentos e maquinarias que eram utilizados por criminosos, incluindo um sargendo do Exército, para retificar fuzis e pistolas, fabricar peças de armas e realizar a manutenção de todo o armamento do tráfico de drogas. 

Máquinas de oficina de armas do tráfico foram retiradas neste sábadoDivulgação Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil, em razão de os equipamentos pesarem toneladas e da dificuldade logística no local, foram utilizados empilhadeiras e caminhões do Exército Brasileiro para retirar os equipamentos da oficina mecânica utilizada pelos criminosos.

De acordo com o delegado titular da Desarme, Fabricio Oliveira, o objetivo da Polícia Civil é evitar que os criminosos voltem a utilizar os equipamentos e representar judicialmente pelo perdimento de todos os equipamentos em favor do Exército Brasileiro e da Polícia Civil.

O delegado Fabrício Olveira afirma a oficina tinha maquinário de ponta, incluindo tornos mecânicos computadorizados, que eram utilizados para fabricar peças de armas e recondicionar armamento.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Carlos Alberto trabalhava, há pelo menos dez anos, como armeiro para os chefes do tráfico do TCP na Vila Aliança, Coréia, Vila dos Pinheiros, Parada de Lucas, Serrinha, Dendê e outras da Baixada Fluminense. Junto dele também foi capturado junto com Alexsandro Rodrigues Ferreiras 34 anos, Felipe Rodrigues Figueira, 31, e Murilo Barbosa Ludigerio, 22 anos, que também faziam parte da quadrilha. 

Parceria com Rogério 157

Na sexta-feira, véspera do início dos confrontos Rocinha, Carlos Alberto e seus comparsas montaram uma oficina de armas no interior da favela com o objetivo de preparar as armas de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que se preparava para a guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas na comunidade.

Carlos Alberto foi contratado diretamente por Rogério 157 e atuaria pela primeira vez em uma comunidade dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA).

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