Por thiago.antunes

Rio - A redução da tarifa dos ônibus municipais cariocas deve entrar em vigor até quarta-feira, passando dos atuais R$3,60 para R$3,40. Segundo o presidente da Rio Ônibus, Cláudio Callak, apesar de o sindicato não ter sido notificado judicialmente da decisão, decidiu adotar como prazo 48 horas a partir da publicação da decisão no Diário Oficial, feita nesta segunda-feira pelo prefeito em exercício do Rio e secretário municipal de Transportes, Fernando Mac Dowell. "De maneira conservadora e transparente vamos respeitar a data a partir da publicação no DO. Há todo um preparo técnico necessário, como o ajuste dos validadores, troca dos adesivos nos ônibus e a comunicação à população. De qualquer forma, vamos respeitar, mas enquanto isso vamos tomar as medidas judiciais cabíveis", informou Callak.

De acordo com o Poder Judiciário, consta no processo um protocolo indicando a possibilidade de já ter sido enviado um recurso à decisão. Cláudio Callak confirmou que o Rio Ônibus deve entrar com recurso ainda na tarde de hoje ou na manhã de amanhã. Além disso, segundo ele, a Procuradoria Geral do Município teria entrado com um embargo de declaração: "Ou seja, há alguma dúvida na sentença, ou alguma questão com a qual a Procuradoria não concorda", disse o presidente da Rio Ônibus. Procurada, a Procuradoria Geral do Município ainda não confirmou a declaração.

Paralisação

Paralelamente à  decisão da Rio Ônibus, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraurb Rio) decidiu por marcar uma paralisação de advertência no próximo dia 21, das 4h às 9h, contra demissões no setor, falta de negociações do reajuste salarial, além de atrasos no pagamento de salários e benefícios. A medida foi acordada pelos 750 rodoviários que participaram de reunião na sede do sindicato nesta segunda-feira, em Rocha Miranda, na Zona Norte. 

Segundo o presidente da entidade, Sebastião José, a categoria vive hoje uma verdadeira calamidade, já que inúmeras empresas estão fechando as portas preocupando milhares de trabalhadores. "A situação está tão complicada que profissionais de várias empresas já comunicaram ao sindicato que elas não terão condições de pagar o 13° dos funcionários, o que trará um dezembro negro para todos", explicou Sebastião. 

Reportagem da estagiária Nadedja Calado, sob supervisão de Thiago Antunes

Você pode gostar