Por thiago.antunes

Rio - A bancada do PT na Assembleia Legislativa está dividida sobre a votação que pode revogar a prisão preventiva dos peemedebistas Jorge Picciani (presidente da Alerj), Paulo Melo e Edson Albertassi. Os petistas tiveram uma reunião pela manhã para tratar do assunto. "Não vamos compactuar com a ditadura do Judiciário. Os três têm que ser processados, e as provas, produzidas para que a Alerj julgue o caso dentro do trâmite legal. Acho o Paulo Melo uma figura execrável, mas que a Justiça investigue. Não há nenhum risco à sociedade para manter uma prisão preventiva", disse ao Informe o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá.

Para Quaquá, cabe à Alerj decidir sobre o afastamento do trio das atividades parlamentares. "Se tiver prova, a bancada do PT votará pela cassação. Mas não pode haver intervenção do Judiciário no Poder Legislativo."

PS: O PT está dividido. Após a reunião pela manhã, os deputados Gilberto Palmares e Waldeck Carneiro decidiram votar pela manutenção das prisões preventivas. A dupla representa metade da bancada, composta ainda por André Ceciliano e Rosângela Zeidan.

Afastamento

Além da revogação da prisão, o Plenário da Alerj decidirá se mantém ou não o afastamento dos investigados das atividades parlamentares. É que cabe aos sete deputados da Comissão de Constituição e Justiça, que tem composição governista, incluir a possibilidade na pauta. Titulares da comissão, Paulo Melo e Albertassi serão substituídos pelos correligionários Rosenverg Reis (PMDB) e Gustavo Tutuca (PMDB).

A falta que a falta faz

Governistas acreditam que o trio se livrará da prisão, mas estão preocupados. "Temos margem mínima de 38 votos. O problema é que tem muita gente viajando por causa do feriadão. E ainda tem os que dirão que estão viajando para não sofrer o desgaste da votação. Essas faltas é que podem complicar", diz um integrante da tropa de choque.

Segue

Para ganhar a liberdade, Picciani, Melo e Albertassi precisam de 36 votos (maioria absoluta da Alerj).

Sinuca

Parlamentares de partidos de oposição, mas que mantêm ótima relação com Picciani, quebram a cabeça para definir o voto. Com um riso nervoso, um dos indecisos confidenciou à Coluna: "Recebi ligação de uma eleitora, juíza, dizendo que não votará mais em mim se eu votar pela revogação da prisão. E agora, o que eu faço? Estou quase renunciando ao mandato!"

Irmãos

O Informe revelou anteontem que um dos presos na Operação Cadeia Velha é a diretora do Centro Cultural da Câmara Municipal, Márcia Schalcher de Almeida. E ontem descobriu o parentesco entre ela e Matheus Schalcher de Almeida: irmãos. Matheus doou R$ 40 mil para a campanha do vereador Thiago K. Ribeiro (PMDB).

CPI dos Ônibus

O vereador Alexandre Isquierdo (DEM) decidiu prorrogar, em três meses, o prazo para a conclusão da CPI dos Ônibus na Câmara Municipal. Presidente da CPI, tomou a decisão ontem com os integrantes Jairinho (PMDB) e Rocal (PTB). O pleito já fora pedido por Tarcísio Motta (Psol).

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