Marielle foi assassinada no dia 14 de março de 2018 - Reprodução
Marielle foi assassinada no dia 14 de março de 2018Reprodução
Por KARILAYN AREIAS

Rio - O vereador Tarcísio Motta (Psol) prestou depoimento, nesta quinta-feira, na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, sobre o assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, no Estácio. O parlamentar ficou cerca de três horas respondendo a perguntas que podem ajudar a polícia solucionar o caso que completa um mês no próximo sábado. 

"Eles (a polícia) estavam muito interessados em saber sobre o cotidiano e a atividade parlamentar da Marielle. Perguntaram sobre a atuação dela antes de se tornar vereadora, quando atuava como assessora do Freixo na CPI das Milícias, além de perguntas sobre a atuação do 41° batalhão (Irajá) e se houve debates com vereadores que pudessem justificar esse bárbaro crime. Sobre o depoimento em si, acho que ajudei mais no descarte de algumas linhas de investigação do que no reforço delas", disse.

Questionado sobre a demora nas investigações, Tarcísio comentou que prefere "uma reposta certa do que rápida. "Não há nenhum elemento que invalide a atuação da polícia até o momento. Apesar de estarmos angustiados e querendo respostas, é preciso ter rigor para que a resposta dada pela polícia seja definitiva".

O parlamentar também falou sobre o tempo sem a vereadora e como ficará a escolha do seu vice para as eleições de outubro. "Está sendo muito difícil esse tempo sem a Marielle. Ela era uma figura de projeção política muito forte , além de ser muito minha amiga. É difícil trabalhar na Câmara sem ela. Trocávamos muita informação. É uma ausência grande. Quanto ao fato dela ter sido cotada para ser minha vice, era uma possibilidade. Mas, depois do crime, ainda não voltamos a discutir esse assunto." 

 

Tarcísio Motta - Reprodução Facebook

Além de Tarcísio, a Polícia Civil já ouviu os vereadores Renato Cinco e Babá (Psol); Italo Ciba (Avante); Jair da Mendes Gomes (PMN); Zico Bacana e Marcello Siciliano (PHS) Os parlamentares Jones Moura (PSD) e a Val Ceasa (PEN) foram intimados na última terça-feira. 

Relembre o caso

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos em 14 de março no bairro do Estácio, na região Central do Rio. A vereadora havia saído de um evento na "Casa das Pretas", quando o carro em que estava foi seguido por outros dois veículos e alvejado. 

O caso ganhou repercussão mundial já que Marielle, além de parlamentar, era ativista e defendia os Direitos Humanos. As investigações seguem em sigilo.

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