O casal Felipe e Laisla Oliveira acredita que a medida da Anatel é válida para coibir a comercialização de aparelhos de celulares irregulares - Marcio Mercante / Agencia O Dia
O casal Felipe e Laisla Oliveira acredita que a medida da Anatel é válida para coibir a comercialização de aparelhos de celulares irregularesMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por Renan Shuindt

Rio - Clientes de operadoras de telefonia celular de dez estados, incluindo o Rio, que usam aparelhos irregulares começaram a receber neste domingo mensagens de alerta sobre possível bloqueio dos equipamentos. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou no domingo a segunda etapa do projeto 'Celular Legal', que visa retirar de circulação aparelhos irregulares adquiridos a partir do último fim de semana. A medida já estava valendo em Goiás e Distrito Federal. A expectativa é de que até meados de 2019, mais de 800 mil celulares sejam bloqueados.

A terceira fase, em que serão feitos os bloqueios, ocorre em 8 de dezembro. Segundo as recomendações da Anatel, os usuários que forem notificados devem buscar providências, como procurar o vendedor do aparelho.

No Rio, um dos pontos em que mais ocorrem operações para coibir venda e receptação de aparelhos irregulares é a região da Rua Uruguaiana, no Centro. Não à toa. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que de janeiro a agosto deste ano, o número de roubos no entorno aumentou 11% em relação ao mesmo período de 2017. Em todo o estado, este tipo de crime cresceu 9%, ultrapassando a marca de 17 mil casos.

Segundo a Anatel, são considerados irregulares celulares extraviados, roubados, clonados ou que ainda não foram aprovados pela agência. Acre, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, estão entre os estados que passam a contar com a medida.

"É muito importante sabermos a procedência dos aparelhos que compramos. Se antes já tomava cuidado, agora vou redobrar a atenção", garante o técnico em mecânica Felipe de Oliveira, 28 anos.

Já a professora Laisla Oliveira, 29, diz que a medida é válida, mas que não a preocupa. "É iniciativa deveria partir das próprias pessoas. Minha criação não me permite comprar celular roubado ou adulterar o aparelho. Mas como tem quem compre e quem venda, é algo (o bloqueio) necessário", afirma.

Veja como conferir a identificação

Assim como todo cidadão, cada equipamento tem o seu número de identificação, algo como o número do CPF. No caso dos aparelhos, este código chama-se IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) e fica sempre na parte interna, onde fica a bateria .

Para saber se o número de IMEI é legal, basta discar *#06#. Se a numeração coincidir com o que aparece na caixa, o aparelho é regular. Caso contrário, há grande chance de ser irregular.Durante os próximos dois meses e meio, os usuários de celulares irregulares receberão mensagens da Anatel informando que o aparelho poder ser bloqueado. O cliente terá esse período contestar a loja onde comprou, se for o caso, devolvê-lo ou então trocar o produto.

O bloqueio dos aparelhos será feito a partir de 8 de dezembro. A última mensagem, na véspera do bloqueio, apresentará o seguinte conteúdo: "Operadora avisa: Este celular IMEI XXXXX é irregular e deixará de funcionar nas redes celulares. Acesse www.anatel.gov.br/celularlegal ou ligue *XXXX".

 

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