Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018 - Reprodução / Mídia Ninja
Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018Reprodução / Mídia Ninja
Por O Dia

Rio - Os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam exatos dez meses nesta segunda-feira. No entanto, o caso ainda está sem solução. A Anistia Internacional reinvindicou, nesta segunda, que o governo do Rio se comprometa publicamente com a solução do crime. 

"A demora na solução do assassinato de Marielle tem enormes impactos negativos, pois gera uma espiral de medo e silêncio entre ativistas, defensores de direitos humanos, jovens, mulheres negras, comunidade LGBT e todas as pessoas e grupos que, de alguma forma, ela representava", disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional.

Wilson Witzel diz que assassinos podem ser presos ainda este mês

A diretora também afirmou se preocupar com o fato de que "altas autoridades do Rio de Janeiro estiveram envolvidas num episódio de violência contra a memória e a imagem de Marielle". Werneck se referiu ao episódio em que uma placa em homenagem a vereadora, que havia sido colocada em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, foi retirada pelos então candidatos a deputado estadual, Rodrigo Amorim, e a deputado federal, Daniel Silveira, durante a campanha eleitoral de 2018. 

Em seguida, a placa foi depredada e usada em um ato de campanha do então candidato ao governo do Rio Wilson Witzel, que acabou se elegendo. "Esse episódio foi um ataque direto à memória de Marielle Franco, à sua família, aos parlamentares do Rio de Janeiro e às pessoas ela representava ou que com ela se identificam", disse Werneck. 

Witzel diz que caso está perto de ser solucionado

O governador Wilson Witzel afirmou, neste sábado, que a investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes está perto de ser concluída e que os envolvidos podem ser presos ainda este mês. Conforme O DIA publicou na edição de sábado, com exclusividade, a polícia já sabe que os assassinos são servidores dos quadros da Segurança Pública do Rio.

"Em relação ao caso Marielle, está próximo sim de uma solução, mas eu não tenho atribuição legal para olhar os autos do processo, que estão sob sigilo. Só quem pode ter acesso são os delegados lotados na delegacia com atribuição para investigar os agentes. Eles estão próximos da elucidação do caso e evidentemente da prisão daqueles que estão envolvidos. E que talvez isso ocorra até o final deste mês", declarou Witzel ao ser questionado sobre reportagem publicada neste sábado pelo DIA.

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