Os pais de Marielle e o deputado federal Marcelo Freixo na missa em memória da vereadora e de Anderson Gomes - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Os pais de Marielle e o deputado federal Marcelo Freixo na missa em memória da vereadora e de Anderson GomesEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia

Rio - O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) comentou o pedido de desculpas feito pelo governador Wilson Witzel (PSC) à família de Marielle sobre a polêmica envolvendo a placa com o nome da vereadora. "Sempre acho bom quando as pessoas se desculpam e mudam para melhor", Freixo resumiu o gesto de Witzel. Durante as eleições, o então candidato a governador foi fotografado em evento público ao lado do hoje deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) com uma placa com o nome de Marielle rasgada.

A declaração de Freixo foi dada na manhã desta quinta-feira durante uma missa celebrada na Igreja da Candelária, no Centro do Rio, para lembrar o primeiro ano da execução da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Ele também falou sobre a prisão de dois suspeitos por envolvimento direto no caso.

"A gente precisa e vai saber quem mandou matar, qual é o grupo político que tem na ação violenta e letal uma forma de fazer política no Rio de Janeiro. Isso não é aceitável em lugar nenhum do mundo e não pode ser aceito no Rio de Janeiro", criticou.

Freixo cumprimenta a mãe de Marielle - Estefan Radovicz / Agência O Dia

Para o deputado, o afastamento do delegado Giniton Lages (da Delegacia de Homicídios da Capital) do caso é "uma troca natural". "Existe uma nova Polícia Civil, uma nova chefia da Polícia Civil e novas relações de confiança dentro da Polícia Civil. Acho que é bem-vinda a troca".

Críticas na demora

O ex-deputado federal Chico Alencar também esteve na missa. O psolista criticou a demora para se chegar a algum culpado. "Se diz no Brasil que a Justiça tarda, mas não falha. Nessa questão da Marielle e do Anderson, ela tardou muito e ainda não completou o seu trabalho; ou seja, está falhando", reclamou.

O político conta que não recebeu com entusiamo a prisão dos dois suspeitos, por ter sido feita às vésperas do caso completar um ano. "Você só descobrir o executor e não o mandante é totalmente frustrante. Claro que tem que ter continuidade", Chico Alencar continua, também questionando a saída do delegado Giniton Lages do caso. "Ele tinha que falar com clareza se ele quer sair, se ele tá cansado... não foi nunca isso que ele nos disse".

O pai e a mãe de Marielle - Estefan Radovicz / Agência O Dia

'Minha fortaleza ruiu'

Antes da missa, o pai de Marielle, Antonio Francisco Neto, afirmou que somente agora, um ano depois do assassinato da filha, "a ficha caiu". Ele disse que, ao longo desses 365 dias, vinha se mantendo forte. "Hoje minha fortaleza ruiu", contou.

Com informações do Estadão Conteúdo

Missa em memória de Marielle e de Anderson Gomes na Candelária - Estefan Radovicz / Agência O Dia

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