Polícia investiga morte de Maria Fernanda, que estava grávida de oito meses  - Reprodução Facebook
Polícia investiga morte de Maria Fernanda, que estava grávida de oito meses Reprodução Facebook
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) investiga se a morte de Maria Fernanda Macedo, 16 anos, grávida de oito meses, foi provocada por uso de drogas e ao ser empurrada durante uma em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira. A primeira informação é de que Ketllin Gomes teria tentado separar uma briga da jovem e ela acabou caindo e batendo com a cabeça no chão. 

Mas, segundo a polícia, ela pode ter tido várias convulsões provocadas pelo uso de entorpecentes. Os investigadores não descartam outras hipóteses, mas aguardam o laudo da necropsia, que sai em trinta dias. A menor chegou a ser atendida na Clínica da Família Helena Bessermann Viana, em Rio das Pedras, mas acabou morrendo.

Renata, mãe da Maria Fernanda diz que houve briga entre a filha e uma amiga - Armando Paiva/ Agência O Dia

Segundo a mãe de Maria Fernanda, a doméstica Renata Ferreira Macedo, de 38 anos, ela saiu com a filha às 9h30 quando foram atacadas por Ketllin. Renata ia para o trabalho e a filha, comprar pão. "Estava indo para o trabalho quando ela chegou de surpresa e empurrou Maria Fernanda e fugiu. Minha filha começou a passar mal e foi levada para a clínica da família", contou Renata, que está com o rosto arranhado. A doméstica reclamou da demora no atendimento da menor na unidade de saúde.

Já o pai do bebê que Maria Fernanda esperava, Rafael de Souza Cassiano, 26 anos, contou que a adolescente usava drogas e teve convulsões. Ele contou que se separou da jovem porque ela andava em más companhias e que Maria Fernanda e Ketllin não se davam bem.

Rafael, pai do filho da adolescente, diz que ela usava drogas e teve convulsão - Armando Paiva/ Agência O Dia

"Eu estava separado dela por causa das amizades. Ela passou quatro dias fora e depois voltou e dormiu comigo. Na terça-feira, saí para trabalhar, quando uma amiga da Maria Fernanda ligou dizendo que ela estava tendo convulsões. Eu me separei dela porque usava drogas como 'Cheiro da Loló'", garantiu Rafael.

Ele contou que já havia discutido com Ketllin e que a mãe dela também não gostava da amiga da filha. "Eu mesmo tive uma discussão com ela na segunda-feira porque ela vinha procurar minha mulher sabendo que ela estava grávida. Eu não estava na hora da discussão entre elas, estava trabalhando. A mãe de Maria Fernanda não gostava daquela amiga por ser má companhia', disse Rafael.

A Delegacia de Homicídios já ouviu duas pessoas sobre o caso, e aguarda o depoimento de Ketllin. O laudo com a causa da morte de Maria Fernanda sai em 30 dias.

Secretaria nega demora em atendimento

A Secretaria de Saúde do Rio informou que não houve demora no atendimento à Maria Fernanda na Clínica da Família Helena Besserman. Segundo a secretaria, ela teria chegado na unidade em óbito, no entanto, a equipe tentou manobras de reanimação por 20 minutos sem sucesso.

 

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