Rio - O trânsito no Centro do Rio vem passando por diversas mudanças nos últimos meses por conta de diversas obras que prometem melhorar a circulação de carros e ônibus. A principal intervenção é a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que irá ligar diversos pontos desta região. Quem passa no entorno do Palácio Duque de Caxias, na Central, diariamente percebe que a obra está parada e longe de ser terminada.
Com a pouca movimentação de operários, uma grande quantidade de lixo se acumula onde as escavações estão sendo realizadas e um tapume que deveria impedir que as pessoas entrem no canteiro de obras foi derrubado. Pedestres que passam pelo local reclamam da quantidade de lixo e também que os abrigos de pontos de ônibus que existiam nas calçadas da lateral do Palácio foram retirados.
Saiba mais: Prefeitura adia inauguração do VLT para o dia 5 de junho
Leia aqui: Início do VLT no Centro pode ser adiado mais uma vez
Galeria: Lixo se acumula em canteiro de obra do VLT
A Prefeitura do Rio informou, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), que as obras do VLT não estão paradas na região da Central. Disse ainda que há interrupções em alguns trechos para análises e pesquisas arqueológicas por exigência legal das intervenções.
A Concessionária do VLT Carioca informou que faz limpeza sistemática do local, apesar de o lixo apresentado não ser produzido pela obra, mas "por pessoas que transitam pela área". A empresa destacou ainda que a Cdurp e a Comlurb vão intensificar ações educativas e de fiscalização do Programa Lixo Zero a fim de reduzir os transtornos para a população.
Em nota, a Comlurb reforçou que realiza limpeza diariamente, três vezes ao dia, de segunda a segunda-feira, incluindo varrição e remoção dos resíduos no trecho do Palácio Duque de Caxias.
Além disso, a Comlurb destacou ainda que a área da obra do VLT é cercada onde atuam os trabalhadores, apesar de O DIA ter registrado que os tapumes que cercavam a obra foram retirados. Por fim, disseram que agentes do programa Lixo Zero estão fiscalizando a área e quem for flagrado depositando resíduos poderá ser multado, com base na Lei de Limpeza Urbana 3.273 de 06/09/2001.
Procurado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) informou que pela parte da arqueologia não houve embargo de obra. A liberação dos trilhos foi solicitada e concedida, os mesmos já foram retirados para dar continuidade à escavação. Informaram ainda que toda a área de obra do VLT é acompanhada, normalmente, por pesquisa arqueológica e que não há nenhuma diferença desse trecho para os demais.
Reportagem do estagiário Luis Araujo