Por caio.belandi

Movimento, passos combinados de vários estilos de dança reunidos. A dança urbana, também conhecida como dança de rua, ou street dance, tem recrutado jovens e adolescentes do município de Belford Roxo. Em apenas três meses, o grupo BR Company já tem 30 integrantes e faz parte do Projeto Mov Me, que oferece aulas de dança gratuitamente.

“É um projeto desenvolvido para tirar crianças e adolescentes da rua. Dando a eles a oportunidade de fazer algo que gostam. Muitos que estão no grupo não teriam como pagar por uma aula de dança. A gente proporciona um caminho, uma opção e quem sabe alguns deles, um dia, se tornem grandes dançarinos”, diz Bruno Nunes, secretário de Cultura.

Aos 13 anos, Leonardo Soares viu na dança um caminho de vida. “Eu tinha problemas em casa e na dança descobri uma saída. Eu me descobri na dança e me entreguei. Amo dançar”, conta Leonardo. O adolescente rebelde é hoje um jovem apaixonado pela dança e como auxiliar coreográfico do BR Company passa para outros o que ele aprendeu.

Grupo de dança de rua BR Company%2C de Belford Roxo, já conta com 30 integrantesCleber Mendes/Agência O Dia

A dança foi uma paixão que Edilson, 30, passou para a filha, Maria Luiza, 12. “Ela viu em mim o quanto eu gosto de dançar e foi natural que ela entrasse nesse meio”. Pai e filha dançam juntos no grupo.

Quem pensa que só alunos experientes podem participar se engana. “Tem que ter talento, comprometimento e disciplina. É claro que técnica é importante, mas não é decisiva. A dança é entrega, é talento, e isso só faz quem está envolvido”, diz André Almeida, coordenador de dança.

O município de Belford Roxo, além da dança de rua, também está oferecendo aulas de dança de salão e zumba. Ao todo, o projeto Mov me possui cerca de 250 alunos, mas ainda há vagas. As aulas acontecem às segundas e quartas, de 11h30 às 12h30, e de 13h às 14h, no Centro Cultural de Belford Roxo.

A Casa de Cultura fica na Avenida Bob Kenedy, s/n. Para participar o aluno deve ter a partir de 8 anos. Já para ingressar no BR Company há uma audição, onde o aluno é avaliado. “É um pouco mais criterioso, mas nada demais. É mais para ver o repertório e evolução”, afirma André.

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