Por thiago.antunes

Rio - Uma senhora estrada. Das mais importantes do Brasil, a Via Dutra completa hoje 66 anos de existência. Desde sua inauguração, o acesso, de 402 km de extensão, por onde é transportado aproximadamente 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo, passou por transformações para acompanhar o crescimento populacional e econômico do país.

Modernizada%2C a Via Dutra nem lembra a primeira%2C inaugurada em 1951Divulgação

Atualmente, pelo menos 23 milhões de pessoas em 36 municípios habitam suas margens. De acordo com a CCR NOvaDutra, concessionária que administra a estrada, a Via Dutra foi totalmente renovada, recebendo, só nos últimos 20 anos, mais de R$ 15 bilhões em investimentos.

Os mais de 60 mil motoristas que trafegam diariamente pela rodovia passaram a contar com uma infraestrutura composta por equipes de socorro médico e mecânico 24 horas, monitoramento, conservação, 804 telefones de emergência, e serviço de transmissão em FM, que divulga condições de tráfego aos usuários (CCRFM 107,5), entre outros serviços.
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Tudo isso, segundo a empresa, vem proporcionando uma viagem mais segura e confortável. A redução do tempo de viagem também é outro destaque significante. A concepção avançada de seus traçados permitiu a construção de aclives e declives menos acentuados e curvas mais suaves, reduzindo o tempo de viagem de 12 horas, registrado em 1948, por exemplo, para as atuais seis horas.
O processo de transformação ao longo das últimas décadas, deixou para trás o indesejável título de ‘estrada da morte’. Apesar de todos os esforços de modernização, porém, a Via Dutra ainda possui um grande desafio: a duplicação da Serra das Araras, o ponto mais perigoso da estrada, na altura de Piraí, no Sul Fluminense.
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Depois de projetos adiados, a concessionária, em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), dá atenção atualmente a uma nova possibilidade de remodelação do trecho, com o objetivo de trazer mais segurança e melhorias sociais e econômicas para a região.

“Mesmo ainda torcendo pela duplicação da Serra, minha nota é boa para a Via Dutra. É a melhor estrada do Sudeste”, atesta o caminhoneiro Heleno Mangia, de 49 anos, que trafega diariamente pela rodovia.

Dutra nos primórdiosDivulgação

1,3 milhão de sacos de cimento

No dia 19 de janeiro de 1951, quando foi inaugurada pelo então presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, em solenidade realizada na altura de Lavrinhas (SP), a BR-2, à época nova rodovia Rio-São Paulo, ainda não estava completamente pronta, mas já permitia o tráfego de veículos entre a então Capital Federal, Rio de Janeiro, e o polo industrial de São Paulo.
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Os números que envolveram a construção da Dutra impressionam ainda hoje, em um esforço de engenharia que envolveu 35 empreiteiras, milhares de trabalhadores e movimentação de toneladas de material.
Ao todo foram gastos 1,3 milhão de sacos de cimento, oito mil toneladas de alfalto, sete mil metros de pontes, viadutos e passsarelas. A CCR assumiu a Via Dutra em março de 1996.
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