Por luana.benedito

Rio - Uma técnica de origem dinamarquesa ganha espaço no Brasil. É a utilização de polvos de crochê na recuperação e desenvolvimento de bebês nascidos prematuramente e internados em UTIs neonatais (Unidade de Terapia Intensiva). O procedimento foi implantado recentemente no Hospital dos Plantadores de Cana (HPC), em Campos dos Goytacazes, e tem demonstrado ser ferramenta eficaz no tratamento de prematuros.

Técnica proporciona melhora nos sistemas cardíaco e respiratórioDivulgação

Desenvolvida pelo Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca, a técnica consiste em colocar pequenos polvos feitos de crochê dentro das incubadoras. Isso porque os ‘moluscos’ possuem ‘tentáculos’ que se assemelham aos cordões umbilicais. De acordo com pesquisas recentes, o método resulta na melhoria dos sistemas cardíaco e respiratório.

Conforme estudos com a técnica dinamarquesa, os polvos de crochê também são capazes de aumentar o nível de oxigenação do sangue. Outra característica benéfica é transmitir sensação de segurança aos prematuros, uma vez que interferem na produção dos neurotransmissores ligados ao bem-estar e à recuperação da saúde.

“Com o contato, o prematuro tem a sensação do ambiente uterino e mostra-se mais reconfortado. Estamos num período de observação, mas já podemos afirmar que na maioria dos casos, os resultados são bastante satisfatórios”, destaca o pediatra Marianto de Freitas Cunha Filho, coordenador técnico da Unidade Neonatal do Hospital dos Plantadores de Cana.

Os polvos de crochê são produzidos por um grupo de mais de 50 artesãs do núcleo de Inclusão Produtiva e Solidária, da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social de Campos dos Goytacazes. Mensalmente, são fornecidos de 20 a 25 ‘moluscos’ ao Hospital dos Plantadores de Cana. Os polvinhos, aliás, são confeccionados exclusivamente com linha 100% de algodão e com manta siliconada para serem esterelizados.

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